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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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que era a de defender o politeismo pag5o e<br />

fun<strong>da</strong>mentar o pantheon metafisico capaz<br />

de acolher todos os deuses, concentra-se no<br />

essencial, apresentando-nos um tratado me-<br />

tafisico de primeira categoria. Foi precisa-<br />

mente isso que possibilitou a essa obra um<br />

grande sucesso, tambCm na I<strong>da</strong>de MCdia.<br />

0 fim d4 filosofia<br />

rag& antiga<br />

0 fim <strong>da</strong> filosofia pa@ antiga tem <strong>da</strong>ta<br />

oficial, ou seja, 529 d.C., ano em que Justi-<br />

niano proibiu aos pagios qualquer oficio<br />

publico e, portanto, tambCm a possibili<strong>da</strong>-<br />

de de manter escolas e ensinar.<br />

Eis um trecho significativo do Codex<br />

de Justiniano: "N6s proibimos que seja en-<br />

sina<strong>da</strong> qualquer doutrina por parte <strong>da</strong>queles<br />

que est5o afetados pela loucura dos impios<br />

pagHos. Por isso, que nenhum pag5o simule<br />

estar instruindo aqueles que, desventura<strong>da</strong>-<br />

mente, frequentam sua casa enquanto, na<br />

reali<strong>da</strong>de, na<strong>da</strong> mais esta fazendo do que<br />

corromper as almas dos discipulos. Ademais,<br />

Capitulo de'cimo sexto - PIotino e o i\leopIaton~smo<br />

367<br />

que n5o receba subvenq8es publicas, jh que<br />

nio tem nenhum direito derivado de escrituras<br />

divinas ou de editos estatais para obter<br />

licen~a para coisas desse gGnero. Se algukm,<br />

aqui (em Constantinopla) ou nas provincias,<br />

resultar culpado desse crime e nio se apressar<br />

a retornar ao seio de nossa santa Igreja,<br />

juntamente com sua familia, ou seja, juntamente<br />

com a mulher e os filhos, recair6 sob<br />

as referi<strong>da</strong>s sanqtjes, suas proprie<strong>da</strong>des serio<br />

confisca<strong>da</strong>s e ele pr6prio seri enviado<br />

ao exilio."<br />

Esse edito i sem duvi<strong>da</strong> muito importante<br />

para o destino <strong>da</strong> filosofia greco-pa@,<br />

bem como a <strong>da</strong>ta em que foi promulgado.<br />

Entretanto, devemos destacar que o ano de<br />

529 d.C., como to<strong>da</strong>s as <strong>da</strong>tas que abrem<br />

ou encerram uma Cpoca, na<strong>da</strong> mais faz do<br />

aue sancionar com um acontecimento de<br />

repercussio aquilo que ja era reali<strong>da</strong>de produzi<strong>da</strong><br />

por to<strong>da</strong> uma sCrie de acontecimentos<br />

anteriores.<br />

0 edito de 529 d.C., portanto, na<strong>da</strong><br />

mais fez do que acelerar e estabelecer de direito<br />

aquele fim ao qual, de fato e por si<br />

mesma, a filosofia pag5 antiga estava destina<strong>da</strong><br />

inexoravelmente.

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