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Anais do X Encontro Regional Nordeste da ABEM - 2011

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2 OA N O S<br />

Com exceção <strong>do</strong> educan<strong>do</strong> Baruc, to<strong>do</strong>s os aprendizes de flauta, violão e órgão,<br />

relataram ter aprendi<strong>do</strong> algumas músicas. Celso afirmou que aprendeu algumas “bati<strong>da</strong>s” de<br />

rock na bateria e Heitor, instrumentista de caixa-clara, afirmou que aprendeu “vários ritmos”.<br />

Em contraparti<strong>da</strong>, dentre os educan<strong>do</strong>s que tiveram as primeiras experiências em um meio<br />

informal, com amigos ou parentes, apenas José e Kelvin aprenderam músicas inteiras. Kelvin<br />

afirmou ter aprendi<strong>do</strong> músicas evangélicas e alguns tipos de rock, comentan<strong>do</strong>: “Aprendi com<br />

um amigo que me ensinou a maior parte <strong>da</strong>s notas, etc. Não foi o melhor ensino, mas foi bom;<br />

entendi tu<strong>do</strong> o que ele falou, bom, quase tu<strong>do</strong>” (José). Ele demonstrou uma satisfação parcial<br />

quan<strong>do</strong> disse “não foi o melhor ensino” talvez, revelan<strong>do</strong>, implicitamente, que encontrou<br />

algumas dificul<strong>da</strong>des.<br />

Discutin<strong>do</strong> a auto-aprendizagem musical em sua pesquisa, CORRÊA (2008), revelou<br />

que “a convivência com os amigos e as relações interpessoais que se criavam acabavam<br />

geran<strong>do</strong> aprendizagens” e ain<strong>da</strong> “Na auto - aprendizagem <strong>do</strong> violão, o desejo e a intenção de<br />

aprender, alia<strong>do</strong>s à iniciativa <strong>do</strong> contato inicial com o instrumento através de uma ação<br />

efetiva, exercem um papel fun<strong>da</strong>mental” (CORRÊA, 2008, p.29). Embora algumas<br />

experiências, como as relata<strong>da</strong>s por Corrêa (2008) e a de José (acima) tenham contribuí<strong>do</strong><br />

para aprendizagens efetivas, outros educan<strong>do</strong>s dessa pesquisa relataram algo semelhante ao<br />

que Otto respondeu: “[como foi o ensino?] tentan<strong>do</strong> aprender algumas notas que vi meus<br />

primos tocar. Foi muito ruim porque não consegui aprender” (Otto).<br />

Nem to<strong>da</strong>s as pessoas aprendem apenas por ter motivação ou interesse. Após o<br />

contato com o ensino instrumental, quer nos ambientes formais ou informais, é necessário <strong>da</strong>r<br />

continui<strong>da</strong>de ao processo estu<strong>da</strong>n<strong>do</strong> sozinho e é neste ponto onde nem to<strong>do</strong>s conseguem<br />

manter a motivação inicial. Nas experiências relata<strong>da</strong>s – de ensino formal ou com amigos –<br />

existem tanto pontos positivos bem como dificul<strong>da</strong>des. A pre<strong>do</strong>minância <strong>do</strong> ensino teórico<br />

desprovi<strong>do</strong> de estímulos práticos é algo marcante para os educan<strong>do</strong>s que muitas <strong>da</strong>s vezes,<br />

deixam de aprender devi<strong>do</strong> à redução <strong>da</strong> motivação. No entanto, embora ambiente mais<br />

informais e agradáveis como “a casa <strong>do</strong>s amigos” sejam acolhe<strong>do</strong>res e interessantes, a falta de<br />

sistematização ou organização <strong>do</strong> ensino também oferece dificul<strong>da</strong>des. A mediação de um<br />

educa<strong>do</strong>r, portanto, que desenvolva um ensino sistematiza<strong>do</strong> com vivências práticas e<br />

dinâmicas poderia ser considera<strong>do</strong> um “melhor ensino”.<br />

Um <strong>do</strong>s respondentes aprendeu a tocar o instrumento zabumba com amigos em uma<br />

manifestação cultural: “a gente saía à noite com os grupos de reiseiro 3 . Eu gostei de tocar com os<br />

X <strong>Encontro</strong> <strong>Regional</strong> <strong>Nordeste</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEM</strong><br />

I <strong>Encontro</strong> <strong>Regional</strong> <strong>Nordeste</strong> <strong>do</strong>s Professores de Música <strong>do</strong>s IF's<br />

I Fórum Pernambucano de Educação Musical<br />

Recife - 02 a 04 de junho de <strong>2011</strong><br />

abem<br />

Associação Brasileira<br />

de Educação Musical<br />

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