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Anais do X Encontro Regional Nordeste da ABEM - 2011

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2 OA N O S<br />

instrumento.<br />

Pressupostos Teóricos<br />

Edwin Gor<strong>do</strong>n, ao propor a mu<strong>da</strong>nça <strong>do</strong> foco <strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong> de música <strong>do</strong> “como se<br />

ensina” para o “como se aprende” contribui para nossa discussão com a noção de aprendiza<strong>do</strong><br />

por discriminação e aprendiza<strong>do</strong> por inferência. O aprendiza<strong>do</strong> por discriminação refere-se ao<br />

que é trazi<strong>do</strong> ao estu<strong>da</strong>nte e ocorre por imitação. Trata-se <strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong> <strong>da</strong> linguagem, a<br />

formação de um vocabulário que será a base para realizações mais autônomas. Quan<strong>do</strong> o<br />

aluno é capaz de aprender de maneira mais autônoma, construir conhecimento a partir <strong>da</strong>s<br />

próprias conclusões, temos o aprendiza<strong>do</strong> por inferência. (RODRIGUES, 2001, p. 5-6)<br />

A criativi<strong>da</strong>de e a improvisação são níveis posteriores na sua<br />

sequência de aprendizagem. São fun<strong>da</strong>mentais, até porque expressam<br />

essa capaci<strong>da</strong>de de pensar por si próprio em termos musicais. Mas<br />

ninguém cria a partir <strong>do</strong> na<strong>da</strong>. (RODRIGUES, 2001, p.7)<br />

Gor<strong>do</strong>n também nos traz novas categorias como a audiação, uma escuta mais ativa<br />

que envolve a compreensão <strong>do</strong>s elementos ouvi<strong>do</strong>s. Para Gor<strong>do</strong>n, a audiação ocorre quan<strong>do</strong><br />

assimilamos e compreendemos uma música que acabamos de ouvir ou que ouvimos a<br />

execução num momento <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>. Também audiamos quan<strong>do</strong> assimilamos e<br />

compreendemos ao ler música, compor ou improvisar. Enquanto na percepção auditiva<br />

li<strong>da</strong>mos com “acontecimentos sonoros imediatos”, na audiação li<strong>da</strong>mos com acontecimentos<br />

musicais que podem não ocorrer simultaneamente a audição. (GORDON, 2000, p. 16-17)<br />

Também é destaca<strong>do</strong> ativi<strong>da</strong>des de criação e improvisação na Teoria de<br />

Aprendizagem Musical. Tais ativi<strong>da</strong>des atuam como ferramentas de apropriação <strong>do</strong> fazer<br />

musical pelo estu<strong>da</strong>nte:<br />

(...) quan<strong>do</strong> um professor incute nos alunos a capaci<strong>da</strong>de de criar e<br />

improvisar a sua própria música, a música torna-se proprie<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s próprios<br />

alunos e isto é que deve constituir a finali<strong>da</strong>de última de to<strong>do</strong>s os<br />

professores. A relativa quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> música que os alunos criam não é<br />

realmente importante. O que é importante é os alunos acreditarem que a<br />

música lhes pertence. (GORDON, 2000, p. 64)<br />

Assim, a audiação tem para Gor<strong>do</strong>n essa característica de permitir e potencializar a<br />

expressão musical <strong>do</strong> sujeito:<br />

“Quem é capaz de audiar música, é capaz de aprender a criar, a improvisar e<br />

X <strong>Encontro</strong> <strong>Regional</strong> <strong>Nordeste</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEM</strong><br />

I <strong>Encontro</strong> <strong>Regional</strong> <strong>Nordeste</strong> <strong>do</strong>s Professores de Música <strong>do</strong>s IF's<br />

I Fórum Pernambucano de Educação Musical<br />

Recife - 02 a 04 de junho de <strong>2011</strong><br />

abem<br />

Associação Brasileira<br />

de Educação Musical<br />

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