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Anais do X Encontro Regional Nordeste da ABEM - 2011

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2 OA N O S<br />

individual ou coletivo, na forma <strong>da</strong> interpretação ou criação musical, e logicamente, não é só<br />

ouvin<strong>do</strong> que se aprende música, muito embora seja uma ativi<strong>da</strong>de bastante rica e positiva a<br />

apreciação musical, mas sen<strong>do</strong> esta de caráter ativo, e não uma apreciação passiva<br />

simplesmente. Ativa no senti<strong>do</strong> de estar atrela<strong>da</strong> a reflexão sobre a obra ouvi<strong>da</strong>, bem como a<br />

descoberta e compreensão <strong>do</strong>s elementos forma<strong>do</strong>res <strong>da</strong> música aprecia<strong>da</strong>. Então, o eixo<br />

forma<strong>do</strong> por ativi<strong>da</strong>des de apreciação, criação e interpretação musical, enriqueci<strong>do</strong>s pela<br />

reflexão musical, reflexão sobre estes fazeres musicais, constitui-se como uma alternativa<br />

viável no âmbito <strong>da</strong> educação musical na educação básica.<br />

Embora nas práticas pe<strong>da</strong>gógico-musicais desenvolvi<strong>da</strong>s durante um trimestre, aqui<br />

analisa<strong>da</strong>s, a ênfase tenha se <strong>da</strong><strong>do</strong> sobre a interpretação musical, não deixamos de <strong>da</strong>r<br />

oportuni<strong>da</strong>des aos educan<strong>do</strong>s para criarem acompanhamentos rítmicos com o corpo para as<br />

músicas aprendi<strong>da</strong>s, contemplan<strong>do</strong> a construção de arranjos musicais, e <strong>da</strong>n<strong>do</strong> a chance deles<br />

trazerem para a sala de aula os seus conhecimentos musicais informalmente adquiri<strong>do</strong>s.<br />

A apreciação musical também aconteceu em muitos momentos, principalmente<br />

quan<strong>do</strong> o professor tocava e pedia para os alunos observarem quais as diferenças entre a sua<br />

interpretação e as interpretações ouvi<strong>da</strong>s em um determina<strong>do</strong> CD, ou à que algum colega <strong>da</strong><br />

classe havia realiza<strong>do</strong>. Nestas ativi<strong>da</strong>des o objetivo era compreender que elementos ain<strong>da</strong><br />

faltavam nas interpretações <strong>do</strong>s alunos, auxilian<strong>do</strong>-os a prestar atenção aos frasea<strong>do</strong>s,<br />

dinâmicas, controle <strong>da</strong>s correntes de ar, postura corporal, digitação <strong>do</strong>s de<strong>do</strong>s e afinação <strong>do</strong><br />

instrumento.<br />

Por fim, trazemos uma reflexão teórica de caráter mais geral sobre as ativi<strong>da</strong>des<br />

desenvolvi<strong>da</strong>s: assim, frente ao quadro sociocultural ao qual a figura <strong>da</strong> escola está inseri<strong>da</strong>, o<br />

educa<strong>do</strong>r precisa pensar o contexto <strong>do</strong>s sujeitos educan<strong>do</strong>s juntamente com a construção de<br />

processos educacionais que possam fazer emergir momentos educativos complexos,<br />

problematiza<strong>do</strong>res <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> cotidiana, produtores de subjetivi<strong>da</strong>des. É<br />

imprescindível trilhar atalhos em direção contrária a Mercoescola (AZEVEDO, 2007) e a<br />

padronização <strong>do</strong> ser-estar <strong>do</strong> homo-sapiens no mun<strong>do</strong> hodierno. Atalhos estes que levam a<br />

instauração de um esta<strong>do</strong> e convívio social vocaciona<strong>do</strong> para a soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de entre os seres<br />

humanos, independentemente <strong>da</strong> sua origem econômica, social, cultural ou religiosa.<br />

Perspectiva<strong>do</strong>s na troca mútua de conhecimentos e na propagação e produção de cultura como<br />

um bem a ser compartilha<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s e estar acessível a to<strong>do</strong>s. É o enraizamento e a criação<br />

de um senti<strong>do</strong> novo de existir no mun<strong>do</strong> com o outro e ver-se no outro como a si próprio,<br />

como seu semelhante e cúmplice de uma coletivi<strong>da</strong>de humana positiva e humaniza<strong>da</strong>, onde<br />

X <strong>Encontro</strong> <strong>Regional</strong> <strong>Nordeste</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEM</strong><br />

I <strong>Encontro</strong> <strong>Regional</strong> <strong>Nordeste</strong> <strong>do</strong>s Professores de Música <strong>do</strong>s IF's<br />

I Fórum Pernambucano de Educação Musical<br />

Recife - 02 a 04 de junho de <strong>2011</strong><br />

abem<br />

Associação Brasileira<br />

de Educação Musical<br />

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