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Anais do X Encontro Regional Nordeste da ABEM - 2011

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2 OA N O S<br />

com a criação.<br />

Esta peça possuía um padrão rítmico em dedilha<strong>do</strong> semelhante à introdução de uma<br />

bala<strong>da</strong> de rock. O aluno compositor demonstrou prática ao tocar sua peça, pois apresentava<br />

interessantes recursos harmônicos e idiomáticos <strong>do</strong> violão. A métrica <strong>da</strong> peça é quaternária,<br />

com movimento harmônico de um acorde por compasso – Em, Bm7, Am7, D7 e depois Am,<br />

Bm, C, D7. Em segui<strong>da</strong>, o aluno tocou a peça algumas vezes para que os demais a<br />

memorizassem através <strong>da</strong> audição, recurso de aprendizagem típico <strong>da</strong> Música Popular<br />

(CAVALCANTI, 2010). Logo, foi realiza<strong>da</strong> uma análise textural <strong>da</strong> peça, com o professor<br />

direcionan<strong>do</strong> a percepção musical <strong>do</strong> grupo às estruturas musicais. Foi concluí<strong>do</strong> que esta era<br />

composta por um baixo, melodia e uma parte intermediária de acompanhamento. Para chegar<br />

às conclusões, foram utiliza<strong>da</strong>s perguntas como: “de que forma vocês acham que esta música<br />

foi feita? Que elementos temos aqui?” Esta estratégia pe<strong>da</strong>gógica é conheci<strong>da</strong> como<br />

aprendizagem por descoberta, sen<strong>do</strong> sua eficácia no ensino musical reforça<strong>da</strong> por Uszler<br />

(USZLER et al, 2000, p.244-248) e Fisher (2010, p.44-45). O ponto mais evidente desta<br />

técnica pe<strong>da</strong>gógica é desenvolver a capaci<strong>da</strong>de de tomar decisões de forma independente,<br />

caben<strong>do</strong> ao professor apenas direcionar a percepção <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> para que as conclusões –<br />

descobertas – sejam feitas pelo aluno.<br />

Continuan<strong>do</strong>, o professor sugeriu que a peça poderia ser executa<strong>da</strong> por um grupo<br />

instrumental (chama<strong>do</strong> no momento de “mini-ban<strong>da</strong>”), e que o trabalho seguinte seria<br />

desmembrá-la em vozes. Poderia, ain<strong>da</strong>, haver o acréscimo de elementos musicais, ten<strong>do</strong> em<br />

mente o tamanho <strong>do</strong> grupo. Assim, foi elabora<strong>do</strong> um esquema formal <strong>da</strong> peça no quadro<br />

branco (tabela 1):<br />

Estrutura<br />

Forma Musical<br />

Melodia<br />

X<br />

Acompanhamento Em Bm7 Am7 D7 Em Bm7 Am7 D7 G Em C D7<br />

Baixo X X<br />

TABELA 1 – Partitura esquemática <strong>da</strong> música executa<strong>da</strong> pelo aluno compositor<br />

Ain<strong>da</strong>, durante o processo de elaboração <strong>do</strong> arranjo, o professor procurou estabelecer<br />

relações com o cotidiano musical de violonistas. Uma <strong>da</strong>s práticas mais utiliza<strong>da</strong>s no Violão é<br />

justamente a elaboração de arranjos e transcrições, seja para solo, grupos de violões ou de<br />

instrumentos diversos, como flautas, vozes e percussão, entre outros (FUNCK, 2006). Este<br />

comentário foi levanta<strong>do</strong> para que os alunos relacionem esta instrução com sua utilização<br />

prática, propician<strong>do</strong> maior atenção e interesse nas tarefas.<br />

X <strong>Encontro</strong> <strong>Regional</strong> <strong>Nordeste</strong> <strong>da</strong> <strong>ABEM</strong><br />

I <strong>Encontro</strong> <strong>Regional</strong> <strong>Nordeste</strong> <strong>do</strong>s Professores de Música <strong>do</strong>s IF's<br />

I Fórum Pernambucano de Educação Musical<br />

Recife - 02 a 04 de junho de <strong>2011</strong><br />

abem<br />

Associação Brasileira<br />

de Educação Musical<br />

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