01.10.2013 Views

boletim do conselho de contribuintes do estado de minas gerais

boletim do conselho de contribuintes do estado de minas gerais

boletim do conselho de contribuintes do estado de minas gerais

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Como já menciona<strong>do</strong>, um <strong>do</strong>s assuntos trata<strong>do</strong>s no Auto <strong>de</strong> Infração<br />

sob exame refere-se ao aproveitamento in<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> <strong>de</strong> créditos <strong>de</strong> ICMS, <strong>de</strong>staca<strong>do</strong>s<br />

em notas fiscais relativas a operações interestaduais, cujos remetentes das<br />

merca<strong>do</strong>rias são beneficiários <strong>de</strong> incentivos fiscais concedi<strong>do</strong>s sem amparo em<br />

convênios celebra<strong>do</strong>s no âmbito <strong>do</strong> Conselho Nacional <strong>de</strong> Política Fazendária –<br />

CONFAZ. Esta afirmativa final, qual seja, a <strong>de</strong> que os remetentes das merca<strong>do</strong>rias<br />

cujo crédito é questiona<strong>do</strong> gozam <strong>de</strong> benefícios fiscais em seu Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> origem,<br />

é tomada como verda<strong>de</strong>ira uma vez que não foi contraditada especificamente nos<br />

presentes autos e também porque não foram carreadas provas irrefutáveis que<br />

conduzissem a conclusão diversa. Assim, enten<strong>de</strong> o Fisco Mineiro que cita<strong>do</strong>s<br />

benefícios estariam contrarian<strong>do</strong> o disposto no artigo 1.º, da Resolução SEF/MG n.º<br />

3.166, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2001 (publicada no “Minas Gerais” <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2001),<br />

que assim estabelece:<br />

“Art. 1º - O crédito <strong>do</strong> Imposto sobre Operações<br />

Relativas à Circulação <strong>de</strong> Merca<strong>do</strong>rias e sobre<br />

Prestações <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Transporte Interestadual<br />

e Intermunicipal e <strong>de</strong> Comunicação (ICMS)<br />

correspon<strong>de</strong>nte à entrada <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>ria remetida<br />

a estabelecimento localiza<strong>do</strong> em território mineiro, a<br />

qualquer título, por estabelecimento que se beneficie<br />

<strong>de</strong> incentivos indica<strong>do</strong>s no Anexo Único, será admiti<strong>do</strong><br />

na mesma proporção em que o imposto venha sen<strong>do</strong><br />

efetivamente recolhi<strong>do</strong> à unida<strong>de</strong> da Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong><br />

origem, na conformida<strong>de</strong> <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> Anexo.”<br />

As notas fiscais objeto da autuação estão listadas no presente Processo<br />

Tributário Administrativo sen<strong>do</strong> todas elas <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> <strong>contribuintes</strong> sedia<strong>do</strong>s<br />

em outra Unida<strong>de</strong> da Fe<strong>de</strong>ração. O Fisco indica na planilha n.º I (fls. 07 a 14),<br />

para cada uma <strong>de</strong>ssas notas fiscais objeto <strong>de</strong> glosa a parcela <strong>de</strong> crédito a que, em<br />

seu entendimento com base na Resolução SEF/MG n.º 3.166/01, a Impugnante<br />

tem direito, correspon<strong>de</strong>nte ao imposto que acredita ter si<strong>do</strong> efetivamente pago na<br />

origem e o valor <strong>do</strong> ICMS por ela apropria<strong>do</strong>. Desta planilha consta a nota fiscal, a<br />

base <strong>de</strong> cálculo, o valor credita<strong>do</strong>, o percentual exigi<strong>do</strong> <strong>do</strong> fornece<strong>do</strong>r, o valor <strong>do</strong><br />

imposto <strong>de</strong>staca<strong>do</strong> e o total <strong>do</strong> crédito a ser estorna<strong>do</strong>.<br />

Inicialmente ressalte-se que a não-cumulativida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ICMS, prevista no<br />

artigo 155, da Constituição Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> 1988, se opera através da compensação <strong>do</strong><br />

imposto <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> em cada operação com aquele cobra<strong>do</strong> na operação antece<strong>de</strong>nte.<br />

Nesta linha traçou Minas Gerais seu entendimento exposto na já citada Resolução<br />

SEF/MG n.º 3.166/01, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que se parcela <strong>do</strong> ICMS <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser cobrada<br />

pelo Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> origem da merca<strong>do</strong>ria, em função <strong>de</strong> incentivo/benefício fiscal, não<br />

po<strong>de</strong> esta parcela ser compensada em operações posteriores.<br />

Cumpre ressaltar que a Lei Complementar n.º 24/75 também tratou da<br />

matéria estabelecen<strong>do</strong> em seu artigo 1º:<br />

“Art. 1º - As isenções <strong>do</strong> imposto sobre operações<br />

relativas à circulação <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias serão<br />

concedidas ou revogadas nos termos <strong>de</strong> convênios<br />

80

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!