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Vol.33- Prática Atuarial na Previdência Social - Ministério da ...

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Visão Geral<br />

1<br />

Os sistemas <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is de proteção social não são ilhas econômicas, demográficas,<br />

sociais ou fiscais. Muitos países redistribuem entre 5% e 30% de seu Produto Interno<br />

Bruto (PIB) através de sistemas <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is de transferências sociais, abasteci<strong>da</strong>s por<br />

receitas gerais, impostos sobre folha de pagamento ou contribuições <strong>da</strong> previdência<br />

social. Os mecanismos de redistribuição dessa ordem precisam ser sensíveis aos<br />

ambientes econômicos e fiscais em que operam. Eles são obviamente influenciados<br />

pela economia e pelos orçamentos públicos sobre os quais eles, por sua vez, têm um<br />

impacto significativo. Além disso, sistemas de transferência social ou previdência<br />

social 1 são influenciados pela estrutura demográfica e desenvolvimento <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de,<br />

que servem bem como reali<strong>da</strong>des fiscais. O trabalho atuarial significativo, que em<br />

si é ape<strong>na</strong>s uma ferramenta <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l de gover<strong>na</strong>nça fi<strong>na</strong>nceira, fiscal e social, deve<br />

estar ple<strong>na</strong>mente ciente dos ambientes econômicos, demográficos e fiscais nos<br />

quais operam os sistemas <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is de previdência social, o que nem sempre tem<br />

sido o caso. Esse capítulo define as inter-relações entre os sistemas de previdência<br />

social e seus ambientes, bem como sua relevância para o trabalho atuarial.<br />

1.1 A NECESSIDADE DE MODELOS ATUARIAIS<br />

ESPECÍFICOS PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL<br />

Modelos são instrumentos decisivos no trabalho atuarial. Desde os primórdios <strong>da</strong><br />

profissão, aproxima<strong>da</strong>mente 150 anos atrás, os atuários tinham construídos modelos<br />

para subgrupos populacio<strong>na</strong>is relativamente pequenos <strong>na</strong>s socie<strong>da</strong>des (tais como<br />

grupos de segurados de uma companhia de seguros). Para esses grupos, tendências<br />

demográficas e variáveis econômicas chave (como salários e desenvolvimento <strong>da</strong><br />

taxa de juros) podem, com alguma justificativa, ser considera<strong>da</strong>s independentes.<br />

Um grupo pequeno e próspero de segurados poderia fazer bom proveito de<br />

aumentos de salário estável em longo prazo próximos, ou mesmo superiores, às<br />

taxas de juros, enquanto que <strong>na</strong> economia em geral um desenvolvimento de longo<br />

prazo seria bastante incomum. Pela mesma razão, um pequeno plano de seguros<br />

poderia experimentar aumentos rápidos <strong>na</strong> população segura<strong>da</strong>, enquanto que, ao<br />

mesmo tempo, poderia estar surgindo um desemprego <strong>na</strong> economia em geral. Os<br />

índices de mortali<strong>da</strong>de no grupo de pessoas prósperas podem estar em declínio e<br />

ser muito menores que <strong>na</strong> população em geral.<br />

Modelos atuariais para projeções demográficas e fi<strong>na</strong>nceiras de planos<br />

previdenciários geralmente derivaram de modelos que tinham sido aplicados em<br />

planos previdenciários ocupacio<strong>na</strong>is abrangendo grupos relativamente pequenos<br />

de trabalhadores e que eram fun<strong>da</strong>mentados em suposições e variáveis econômicas<br />

30

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