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Vol.33- Prática Atuarial na Previdência Social - Ministério da ...

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dos custos <strong>da</strong> previdência social possa ser fi<strong>na</strong>nciado através de reduções em salários<br />

disponíveis. Compreensivelmente, um crescimento econômico com aumentos reais<br />

no salário oferece mais potencial para fi<strong>na</strong>nciar os benefícios <strong>da</strong> previdência social<br />

do que uma economia em contração onde os salários reais estão caindo.<br />

A maioria <strong>da</strong> literatura econômica sugere que os impostos sobre folha de<br />

pagamento do empregador sejam repassados ao trabalhador <strong>na</strong> forma de salários<br />

mais baixos ou benefícios mais baixos. Os índices salariais que um empregador<br />

paga devem eventualmente refletir os custos totais <strong>da</strong> folha de pagamento dos<br />

trabalhadores. Esses custos de folha de pagamento incluirão contribuições do<br />

empregador para planos de seguro e previdência, sejam públicos (impostos<br />

sobre folha de pagamento) ou privados. Por exemplo, um empregador deve estar<br />

preparado para trocar maiores salários nomi<strong>na</strong>is por menores contribuições<br />

previdenciárias. De modo semelhante, confrontado com os impostos maiores<br />

para regimes públicos de previdência, indenização ou seguro-desemprego (UI),<br />

um empregador pode oferecer salários menores aos trabalhadores ou buscar uma<br />

redução dos custos relacio<strong>na</strong>dos à folha de pagamento (por exemplo, para seguro<br />

ou previdência priva<strong>da</strong>, etc.). Exceções poderiam ocorrer no caso de aumentos<br />

abruptos nos custos em folha de pagamento, fora do controle do empregador<br />

(para contribuições aos programas de previdência social, por exemplo). Assim, o<br />

empregador pode não ser capaz de compensar imediatamente aqueles aumentos<br />

através de salários menores ou através de alguma outra redução nos custos <strong>da</strong> folha<br />

de pagamento. O empregador temporariamente enfrentaria altos custos e menor<br />

rentabili<strong>da</strong>de. Outra exceção seria a situação dos trabalhadores recebendo o salário<br />

mínimo legal e os benefícios. Neste caso, um empregador individual poderia<br />

não ser capaz de compensar eventuais reduções, embora o empregador pudesse<br />

procurar exercer pressão sobre os tomadores públicos de decisão para mu<strong>da</strong>r a taxa<br />

do salário mínimo ou o nível do imposto sobre a folha de pagamentos.<br />

Em nível micro-econômico, os benefícios <strong>da</strong> previdência social certamente<br />

têm um impacto sobre o comportamento individual. Generosos níveis de benefícios<br />

podem induzir as pessoas a deixar o mercado de trabalho. Em países com excesso<br />

de deman<strong>da</strong> de trabalho, isto por si só pode não afetar o nível total de empregos e<br />

o nível do PIB, mas pode levar a maiores contribuições e taxas para a previdência<br />

social, que, por sua vez, pode influenciar a economia através de menores ren<strong>da</strong>s<br />

disponíveis e, consequentemente, pressões inflacionárias.<br />

O impacto líquido <strong>da</strong> previdência social sobre a economia e, em particular,<br />

sobre o tamanho numérico desse impacto não é, a priori, claro para todos os países<br />

em diferentes estágios do desenvolvimento econômico. O fato é que os atuários<br />

precisam estar cientes desses efeitos e construir cenários econômicos coerentes<br />

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