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Vol.33- Prática Atuarial na Previdência Social - Ministério da ...

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quando desenvolverem os pressupostos econômicos para suas projeções. Deve-se<br />

buscar a especialização econômica. E ain<strong>da</strong>, cenários alter<strong>na</strong>tivos provavelmente<br />

ain<strong>da</strong> precisam ser construídos, uma vez que possíveis desenvolvimentos futuros<br />

complexos não são suscetíveis de serem capturados em ape<strong>na</strong>s um cenário.<br />

1.2.3 Ligações fiscais<br />

Existe um grande número de ligações fi<strong>na</strong>nceiras entre os orçamentos<br />

gover<strong>na</strong>mentais e todos os principais planos previdenciários. Essas ligações são<br />

explora<strong>da</strong>s em mais detalhes <strong>na</strong> recente publicação <strong>da</strong> OIT sobre benefícios<br />

previdenciários (Gillion et al., 2000).<br />

Muitos orçamentos gover<strong>na</strong>mentais têm substancialmente se beneficiado<br />

<strong>da</strong> existência de planos previdenciários <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is. Planos previdenciários recentes<br />

normalmente produzem grandes excedentes em seus primeiros anos, pois esse é um<br />

período onde as contribuições substanciais são recolhi<strong>da</strong>s, mas nenhum, ou poucos,<br />

benefícios são pagos. Esses excedentes podem simplesmente ter sido absorvidos<br />

no orçamento geral do governo, seja através de transferências diretas (como foi o<br />

caso <strong>na</strong> Europa Central e Oriental) ou através de empréstimo (como foi o caso<br />

em muitos planos <strong>da</strong> África). Por outro lado, os governos muitas vezes subsidiam<br />

sistemas de previdência social, mesmo que sejam formalmente independentes de<br />

instituições fi<strong>na</strong>nceiras. O envolvimento direto do governo em fi<strong>na</strong>nciamentos de<br />

benefícios não é limitado a todos os fi<strong>na</strong>nciamentos de benefícios de previdência<br />

como ocorre, por exemplo, <strong>na</strong> Di<strong>na</strong>marca. Os governos também podem subsidiar<br />

planos previdenciários através de subsídios gerais ou transferências específicas. O<br />

fi<strong>na</strong>nciamento público dos custos de transição – que caem quando um país mu<strong>da</strong> seu<br />

esquema previdenciário, de um sistema de repartição simples (PAYG) ou benefícios<br />

definidos parcialmente fi<strong>na</strong>nciados (DB) para um sistema de contribuição defini<strong>da</strong><br />

integralmente fi<strong>na</strong>ncia<strong>da</strong> (DC) – é outra forma de fi<strong>na</strong>nciamento gover<strong>na</strong>mental<br />

explícito de um plano previdenciário <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l.<br />

Além dos custos fi<strong>na</strong>nceiros diretos, os governos podem arcar com custos<br />

indiretos ou serem responsáveis por custos em potencial. A participação do governo<br />

no fi<strong>na</strong>nciamento de benefícios, por exemplo, está se tor<strong>na</strong>ndo incrivelmente<br />

importante, especialmente após as reformas que exigiam algumas disposições de<br />

previdência <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l para empresas priva<strong>da</strong>s.<br />

Esse tipo de reforma confirma o papel explícito do governo como garantia<br />

fi<strong>na</strong>nceira (ou principal fiador) <strong>da</strong> previdência social e de planos previdenciários<br />

privados. Esse passivo contingente, através <strong>da</strong> subscrição <strong>da</strong> previdência social<br />

ou de planos previdenciários privados, pode tomar diversas formas, explícitas e<br />

implícitas. Uma forma explícita ocorre quando a lei de seguro social estipula que o<br />

governo cobrirá déficits em potencial de um plano previdenciário. Esse último está<br />

muitas vezes ligado a uma obrigação do plano para reduzir o déficit, seja através<br />

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