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Vol.33- Prática Atuarial na Previdência Social - Ministério da ...

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A bibliografia ao fi<strong>na</strong>l desse livro contém referências à ampla literatura sobre<br />

essas questões. Os parágrafos a seguir discutem questões de particular relevância<br />

pra a transição de um plano DB para um plano DC.<br />

Pensões são transferências<br />

To<strong>da</strong>s as pensões são transferências de recursos de trabalhadores ativos para<br />

aposentados i<strong>na</strong>tivos. Os valores pagos em pensões que pensionistas então<br />

convertem em bens e serviços que consomem são equivalentes ao consumo (e<br />

investimento) que concedem. Pensões podem ser fi<strong>na</strong>ncia<strong>da</strong>s seguindo o sistema<br />

PAYG, por meio do qual a transferência é feita diretamente através de impostos ou<br />

contribuições pagas pelos trabalhadores, ou podem ser fi<strong>na</strong>ncia<strong>da</strong>s por pensionistas<br />

acumulando ativos que liqui<strong>da</strong>m vendendo os ativos aos trabalhadores ativos. Em<br />

ambos os casos, a ren<strong>da</strong> disponível dos trabalhadores é reduzi<strong>da</strong> pelo valor dos<br />

recursos transferidos ao aposentado.<br />

Economias individuais<br />

Em um sentido microeconômico, as pessoas podem economizar a partir de sua própria<br />

aposentadoria. Entretanto, já que qualquer plano de pensão <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l implica uma<br />

transferência de recursos dos trabalhadores ativos para aposentados, as socie<strong>da</strong>des – o<br />

conjunto de pessoas – não podem.1 Um plano de pensão <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l não é simplesmente<br />

um grande plano de pensão ocupacio<strong>na</strong>l, e os princípios que são relevantes para os<br />

planos ocupacio<strong>na</strong>is estão aptos a serem irrelevantes para um plano <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l. Citando<br />

a falácia <strong>da</strong> composição, Barr2 discor<strong>da</strong> que planos de pensão <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is fi<strong>na</strong>nciados são<br />

inerentemente mais seguros que planos PAYG e Estados. “Para as pessoas, a função<br />

econômica de um plano de pensão é transferir o consumo ao longo do tempo. Mas<br />

(excluindo o caso onde a saí<strong>da</strong> atual é armaze<strong>na</strong><strong>da</strong> em buracos nos jardins do povo),<br />

isso não é possível para a socie<strong>da</strong>de como um todo; o consumo de pensionistas como<br />

um grupo é produzido pela próxima geração de trabalhadores. A partir do ponto de<br />

vista agregado, a função econômica dos planos de pensão é dividir a produção total<br />

entre trabalhadores e pensionistas, ou seja, reduzir o consumo dos trabalhadores para<br />

que saí<strong>da</strong>s suficientes permaneçam para pensionistas. Uma vez que esse ponto seja<br />

entendido, fica claro porque os planos PAYG e fi<strong>na</strong>nciados, que são simplesmente<br />

formas de dividir a saí<strong>da</strong> entre trabalhadores e pensionistas, não devem acontecer<br />

muito diferentemente em face <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça demográfica.”<br />

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