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Vol.33- Prática Atuarial na Previdência Social - Ministério da ...

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De modo semelhante, o Instituto Nacio<strong>na</strong>l de Pesquisa Econômica (NBER)<br />

nos Estados Unidos mediu os nove ciclos pós-guerra nos Estados Unidos com<br />

a duração de 5,1 anos em média, com ape<strong>na</strong>s 11 meses de recessão e 4,2 anos de<br />

expansão. Tal modelo geralmente implica em uma rápi<strong>da</strong> erosão de reservas de SD<br />

no inicio <strong>da</strong> recessão, seguido por um período lento de reconstrução conforme a<br />

economia se estabiliza e então recupera seu ímpeto perdido.<br />

No entanto, não existem regras rígi<strong>da</strong>s e rápi<strong>da</strong>s quanto à duração ou<br />

amplitude dos ciclos comerciais. Além disso, as previsões econômicas geralmente<br />

não antecipam pontos de vira<strong>da</strong> em ciclos comerciais, e alguns estudos indicaram<br />

que a probabili<strong>da</strong>de de recessão não tem relação com a duração de uma expansão<br />

em an<strong>da</strong>mento. Ciclos comerciais devem ser observados para durar em qualquer<br />

lugar entre um único ano até oito ou dez anos, e sua duração pode variar por país.<br />

Um estudo recente descobriu um ciclo comercial médio de 4,8 anos em 13 países<br />

industrializados desde a Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial. 5 A médias variaram entre 3,6<br />

e 5,8 anos, mostrando similari<strong>da</strong>de entre esses países.<br />

O que fazer? O apropriado seria cobrir ao menos dois ciclos significativos<br />

de expansão e recessão, que provavelmente significaria fazer projeções por um<br />

período de aproxima<strong>da</strong>mente dez a quinze anos (apesar de um país 6 observado ter<br />

ciclos comerciais durando em média quinze anos). No entanto, devido a precárias<br />

previsões econômicas anteriores, seria sábio fazer um conjunto de projeções<br />

que cobrissem vários cenários quanto à forma de futuros ciclos comerciais. Isso<br />

forneceria uma faixa de resultados potenciais para pagamentos de SD e as receitas<br />

necessárias para pagá-los, no qual poderia construir propostas de curto e médio<br />

prazo para políticas e cronograma de receitas.<br />

Fazendo tais projeções, deve ser possível fornecer uma gama de reservas<br />

necessárias para compensar os benefícios adicio<strong>na</strong>is a serem pagos durante os<br />

períodos de recessão. Restringindo o acúmulo de reservas adequa<strong>da</strong>s, um aumento<br />

modesto <strong>na</strong>s receitas-prêmio poderia ser implementado em algum momento<br />

após o pico de uma recessão, embora esse devesse ser mantido no mínimo. Um<br />

grau razoável do déficit de fi<strong>na</strong>nciamento pode até ser encarado como alter<strong>na</strong>tiva,<br />

embora isto possa levar ao risco de mi<strong>na</strong>r a confiança <strong>na</strong> gestão do Programa de<br />

SD e provocar deman<strong>da</strong>s para reduções de benefícios através <strong>da</strong> legislação.<br />

No caso de acúmulo de pressões fi<strong>na</strong>nceiras, reduções nos benefícios de<br />

<strong>na</strong>tureza temporária poderiam ser adota<strong>da</strong>s até a melhora <strong>da</strong> situação. Isso assume<br />

um amplo consenso dentro <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de quanto à continuação do desenho do<br />

próprio Plano de SD, mas haverá chama<strong>da</strong>s para uma redução permanente nos<br />

benefícios. Esse debate é inevitável, mas não deve acontecer no meio de uma<br />

recessão e de restrições fiscais que enviesam a discussão pelos eventos atuais 7 em<br />

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