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Relatório final da CPI da Covid

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do então secretário-executivo Elcio Franco que, da mesma forma, nada fez.

Também não há notícia de que o Ministro Queiroga, que assumiu um dia após a

saída Pazuello do Ministério da Saúde, tenha tomado qualquer providência.

As pressões sobre o servidor para agilização da emissão da licença

de importação da Covaxin não cessaram, conforme demonstram mensagens de

celular apresentadas à CPI.

O inquérito policial prometido pelo Presidente da República somente

foi instaurado no dia 30 de junho de 2021, dias após os depoimentos dos irmãos

Miranda à CPI. Restam claras e comprovadas, portanto, as omissões do chefe do

Poder Executivo, do ex-Ministro Eduardo Pazuello, do ex-Secretário-Executivo

Elcio Franco e do atual ocupante da pasta da saúde, Marcelo Queiroga, condutas

que se subsumem ao tipo penal da prevaricação.

Sobre a crise em Manaus, não houve a adequada e tempestiva

preocupação em se dimensionar a demanda de oxigênio medicinal no Amazonas,

ainda que o Ministério já se encontrasse imbuído de avaliar a situação da

pandemia naquele Estado, pelo menos desde o final de dezembro. Foi possível

constatar que, já na primeira onda da pandemia, os sistemas de saúde do

Amazonas evidenciaram dificuldades de resposta à covid-19. Passadas as

festividades de Natal de 2020, já era possível antever uma segunda onda do novo

coronavírus.

No entanto, o Ministério da Saúde só enviou uma equipe ao Estado

no início de janeiro de 2021, quando houve nova duplicação de internações. Não

foram encontradas evidências da adoção de medidas para abrandar o previsível

colapso do sistema de saúde local, mesmo tendo havido solicitação do Secretário

de Saúde do Amazonas ao Ministério da Saúde, no dia 30 de dezembro,

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