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Relatório final da CPI da Covid

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b) dentre os casos apontados na alínea anterior, foram pagos benefícios a

231 famílias com mais de dois membros beneficiários do auxílio

emergencial, em desconformidade com o critério legal, e a 110.049

beneficiários que seriam potencialmente empresários de alta renda (com

indícios de serem sócios ou responsáveis por empresas com dois ou mais

empregados ou que receberam valores no Siafi acima de R$ 50.000,00);

c) 1.517 beneficiários do Programa Bolsa Família foram considerados

inelegíveis ao auxílio emergencial pelo gestor, embora haja probabilidade de

atendimento aos critérios da lei instituidora do Auxílio Emergencial, numa

possível exclusão indevida.

Em resposta a essas constatações, o Acórdão 2962/2020 – Plenário

determinou ao Ministério da Cidadania a revisão dos indícios acima apontados,

enquanto o Acórdão 2351/2020 – Plenário determinou à Receita Federal do Brasil

uma série de medidas de depuração e consistência dos cadastros de CPF. Em

relação a essas determinações (quer quanto aos indícios, quer quanto a medidas

preventivas), não constam manifestações posteriores do TCU.

Em relação a casos específicos, o Acórdão 1196/2020 – Plenário

apontou que o Ministério da Defesa identificou, a pedido do Tribunal, 73.242

CPFs na base de dados de pagamentos do Ministério que receberam o Auxílio

Emergencial, incluindo militares (ativos e inativos, de carreira e temporários),

pensionistas, dependentes e anistiados. Essa quantidade de pessoas representaria,

no mínimo, R$ 43,9 milhões pagos na primeira parcela e poderiam chegar a R$

131,8 milhões se todas as três parcelas fossem pagas. Medida cautelar ao longo

do processo, ratificada no mencionado Acórdão, determinou o cancelamento de

tais cadastros no Auxílio Emergencial, a exigência de devolução do benefício

recebido e, se não atendida, a glosa nos pagamentos seguintes de tais

beneficiários, a apuração de eventuais faltas funcionais, bem como uma série de

outras medidas preventivas de controle e transferência recíproca de informações

entre os diferentes ministérios envolvidos no tema. Essas medidas tiveram por

efeitos o cancelamento de 62.560 benefícios e na devolução de R$ 30,9 milhões

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