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Relatório final da CPI da Covid

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aspectos técnicos da vacina. Além de ofícios, as tratativas ocorreram com

frequência até o mês de outubro, inclusive com troca de mensagens com o

referido secretário.

O contrato assinado com o Ministério da Saúde, em 7 de janeiro, foi

de 46 milhões de doses, com a opção de comprar 54 milhões doses, de forma

adicional e opcional, a qual foi exercida em 12 de fevereiro, tendo,

posteriormente, sido solicitado um adicional de 30 milhões. O valor da vacina

adquirida pelo Ministério foi de aproximadamente US$10, sendo que o preço

pago pela dose incluía despesas com matéria-prima e outros custos de produção,

como importação e frete de avião.

A opção de firmar primeiramente a compra de 46 milhões de doses

e, posteriormente, adicionar 54 milhões mudou completamente o cronograma de

entrega da vacina. Se houvesse a sinalização, em outubro, de um contrato com

quantitativo maior, como 100 milhões de doses, o cronograma poderia ter sido

cumprido até maio, gerando a imunização de cerca de 50 milhões de brasileiros.

Como isso não aconteceu, em janeiro já existia escassez mundial de vacinas e a

própria Sinovac já tinha contratos com o governo da China e de outros países.

Assim, o Brasil entrou em outra negociação.

O Diretor do Instituto Butantan deixou claro que o repasse feito pelo

Ministério da Saúde, cerca de R$1,9 bilhão, consistiu em pagamento, não em

investimento. Ademais, o pagamento somente ocorreria 30 dias após a entrega,

de modo que a CoronaVac começou a ser ressarcida pelo Ministério apenas a

partir de fevereiro de 2021.

Aqui, mais uma vez, os documentos enviados ratificam a prova oral

colhida, uma vez que os ofícios encaminhados a esta Comissão pelo Instituto

Butantan e pela Fundação Butantan ratificam o que foi dito pelo Sr. Dimas Covas.

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