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Relatório final da CPI da Covid

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março do ano passado, opinou que “omitir o uso de cloroquina é o mesmo que

deixar judeus na dúvida entre chuveiro e câmara de gás”. Depois disso, em 1º de

setembro seguinte, fez um retweet, dizendo que havia “mais um estudo mostrando

que o lockdown é dez vezes mais letal que a covid-19 em si”. Na sequência, fez

outra postagem, em 22 de outubro de 2020, dessa vez referindo-se a tweet anterior

do Deputado Federal Osmar Terra, “lembrando que o jornalista investigativo

@JoshJPhilipp já denunciou que a vacina chinesa é para aumentar a propagação

do vírus”.

Em quinto lugar, notamos campanhas que passavam desinformações

sobre o número de mortes causadas pela covid-19, com distorções sobre o número

e a causa dos óbitos. Muitas dessas notícias falsas davam a entender que médicos

e demais profissionais da saúde eram incentivados ou coagidos a registrar os

óbitos como decorrentes de covid-19, independentemente de sua real causa. A

própria Secretaria Especial de Comunicação Social (SECOM), sob a gestão do

Secretário Fábio Wajngarten, chegou a minimizar a marca de cem mil óbitos no

País, ao divulgar, em 8 de agosto de 2020, o seguinte texto: “dizer que o Brasil é

um dos países com a pior situação na covid-19 com base em números absolutos

é desonestidade e desprezo pela ciência e pela realidade”.

Em sexto lugar, localizamos conteúdos que buscavam contestar a

eficácia do uso de máscaras no enfrentamento da pandemia. Alguns até indicavam

suposta nocividade em seu uso. Outros seguiram a linha da politização do uso do

equipamento, que passou a ser apontado como “medida de controle social”.

Citamos o caso ocorrido na Fundação Alexandre de Gusmão

(FUNAG). Trata-se de uma entidade da administração pública, subordinada ao

Ministério das Relações Exteriores. Conduzida por seu presidente Roberto

Goidanich, que agia sob o comando do então Chanceler Ernesto Araújo, a

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