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Relatório final da CPI da Covid

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medidas de distanciamento sempre que possível, e que expressava essa opinião

em entrevistas e coletivas.

A respeito das providências tomadas pelo Ministério da Saúde após

a decisão do STF na ADI nº 6.341, que garantiu autonomia aos estados e

municípios para exercerem sua competência constitucional concorrente de

proteger a saúde da população, explicou que foi desenvolvida, ainda na gestão do

ex-Ministro Teich, uma ferramenta de análise para avaliar riscos, distribuída para

todos os prefeitos por intermédio do Conselho Nacional de Secretarias municipais

de Saúde (CONASEMS). Dessa forma, com essa ferramenta, havia o auxílio nas

tomadas de decisão.

Na sequência, o depoente foi indagado se não teria sido

recomendável, especialmente na segunda onda, com o pico de casos e mortes por

covid-19, o estabelecimento de critérios nacionais para orientar gestores locais

quanto à adoção de medidas restritivas de circulação de pessoas. Respondeu que

esses critérios estavam previstos na referida ferramenta de análise de riscos e que

o Ministério da Saúde estava em contato direto com os secretários de estado, com

os prefeitos e com os governadores, para compreender o que de fato estava

acontecendo. Comentou, ainda, que as medidas de âmbito nacional adotadas pelo

Ministério foram apenas de distribuição de equipamentos e de insumos e que não

concordava com a adoção de medidas restritivas de forma linear.

As explicações dadas pelo ex-Ministro Pazuello, entretanto, não se

sustentam diante dos fatos públicos observados por todos os brasileiros desde o

início da pandemia, visto que o Ministério da Saúde, como órgão máximo do SUS

na esfera federal, deveria ter coordenado o esforço nacional pela defesa da vida

dos brasileiros, encorajando e recomendando reiteradamente a adoção das MNF,

com estratégias claras e agressivas de comunicação – e não apenas em entrevistas

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