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Relatório final da CPI da Covid

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Fiocruz poderia ser um polo para aumentar a produção desse tipo de vacina

(plataforma RNA mensageiro). Esse tipo de tecnologia tem sido preferido pelos

países mais avançados.

Ocorre que no Brasil, as negociações foram lentas, conforme

informam as mensagens trocadas entre a Pfizer e o governo brasileiro e a Nota

Informativa 28/2021-SE/MS (Moderna e Janssen). Os contatos iniciais foram

feitos em maio e junho de 2020, já sinalizando para oferta de vacinas, mas só em

março de 2021 foi fechado contrato com a Pfizer (100 milhões de doses/US$ 10

por dose) e a Janssen (38 milhões de doses/ US$ 10 por dose). Até agora não há

contrato com a Moderna, um fornecedor de um bilhão de doses para 2021.

Esses fatos tornam ainda mais suspeito o interesse repentino e

urgente do governo federal pela Covaxin indiana (a partir do final de novembro

de 2020), usada hoje apenas em seis países (de baixa renda), mais cara (US$ 15

por dose), e com intermediação de uma empresa brasileira de reputação

questionável. Como já dito, o Ministro Pazuello informou em seu depoimento

que uma das métricas para decisão era o custo da vacina e o registro na Anvisa.

Não obstante, o contrato para importação da vacina indiana saiu muito mais

rápido (cerca de 3 meses) do que os contratos com a Pfizer e a Janssen (cerca de

10 meses), mesmo não tendo registro na Anvisa.

Apresentado o quadro geral acima, passaremos às informações

referentes a cada uma das desenvolvedoras de vacinas.

6.6.3.1 Pfizer

As informações a seguir, foram prestadas a esta Comissão pelo

Gerente Geral da Pfizer na América Latina, Sr. Carlos Murillo, durante sua oitiva

realizada no dia 13/05/2021, e corroborados por documentos apresentados a esta

CPI.

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