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Relatório final da CPI da Covid

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que auferem ganhos com base na quantidade de visualizações de suas páginas, na

cobrança de assinaturas, na venda de produtos e nas doações de seus seguidores,

a despeito do conteúdo fraudulento que propagam.

Mais uma vez, manifestamos nosso repúdio à perniciosidade dessa

prática, que permite ganhos com base simplesmente no volume de audiência, sem

ter qualquer preocupação com o conteúdo difundido. Para aumentar seus lucros,

os titulares desses canais, páginas e perfis desenvolveram até mesmo técnicas

para testar em sua audiência que tipo e forma de conteúdo geram mais

engajamento e, portanto, mais retorno. Disso, resulta um uso cada vez mais

acentuado do sensacionalismo como forma de promoção de seus conteúdos e da

falsidade como meio de produzi-los.

Em outras palavras, gerar notícias falsas e sensacionalistas contra o

uso da máscara, o distanciamento social e outras medidas de prevenção à

pandemia de covid-19, além de promover o “tratamento precoce”, se tornou em

um meio de ganhar dinheiro, de maneira fácil e inescrupulosa.

Com o fim de ilustrar o modus operandi de toda a organização,

citamos o Canal Terça Livre, cujo titular é o Sr. Allan dos Santos. O Canal Terça

Livre e seu proprietário estão entre os beneficiados com esse pérfido esquema de

monetização. Além de sua página na internet, o Sr. Allan dos Santos tem cerca

de 300 mil seguidores em sua conta no Twitter e quase 600 mil seguidores em

seu perfil no Instagram. À época em que seu canal no YouTube foi retirado do ar,

por violar os termos de uso da plataforma, contava com mais de 1,2 milhão de

inscritos. Esses números servem apenas para demonstrar o enorme potencial de

impacto de suas publicações frente ao grande público.

Pois bem, ele foi responsável por publicar os seguintes tweets:

643

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