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Relatório final da CPI da Covid

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matéria-prima e da transferência de tecnologia, sob a pressão de estados e

municípios.

Segundo o diretor do Instituto Butantan, o mundo iniciou a

vacinação no dia 8 de dezembro de 2020, com a aplicação de cerca de 4 milhões

de doses até o final de dezembro. Ocorre que no mesmo período o Butantan tinha

5,5 milhões de doses prontas e mais 4 milhões em processamento, mas sem que

houvesse contato do Ministério. Diante desses fatos, afirmou que o Brasil

poderia ter sido o primeiro país do mundo a começar a vacinação:

O SR. DIMAS TADEU COVAS - E eu, muitas vezes, declarei de público

que o Brasil poderia ser o primeiro país do mundo a começar a vacinação,

não fossem os percalços que nós tínhamos que enfrentar durante esse período,

tanto do ponto de vista do contrato, como do ponto de vista também

regulatório. Quer dizer, a regulamentação para uso emergencial das vacinas

no Brasil saiu em dezembro pela Anvisa. Em outros países, em meados do

ano passado, já existia essa regulamentação. Então, isso também causou aí,

vamos dizer, um atraso nesse processo. Poderíamos ter começado antes

seguramente se houvesse uma agilidade maior de todos esses atores, se

tivéssemos trabalhado em conjunto, o que seria absolutamente normal.

Ademais, segundo Dimas Covas, a entrega de doses poderia ter

ocorrido muito antes, caso o Ministério da Saúde tivesse decidido rapidamente

sobre a compra da CoronaVac. Ao não aceitar a primeira, o governo federal

perdeu a oportunidade de receber 60 milhões de doses até dezembro de 2020.

Essa negativa também impactou em dificuldades relacionadas ao cronograma de

entrega das vacinas em 2021, pois inicialmente as 100 milhões de doses poderiam

chegar em maio, mas, como não houve definição, o cronograma passou para

setembro.

Os contatos durante a negociação da compra da vacina CoronaVac

por parte do Ministério da Saúde foram estabelecidos com o “secretário Arnaldo”,

que cuidava das vacinas relacionadas ao PNI. Da mesma forma, houve a

participação da área técnica da Secretaria de Ciência e Tecnologia, que avaliou

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