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Relatório final da CPI da Covid

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contratados para difundir essas informações. Muitos deles foram pagos por

agências contratadas pela Secretaria Especial de Comunicação (SECOM),

contemplando pagamentos que somaram mais de R$ 4 milhões.

Diante dessas evidências, também resta patente a responsabilidade

das redes sociais e das plataformas digitais na difusão das fake news. Como os

algoritmos usados por essas empresas não levam em consideração o teor

desinformativo das postagens, eles acabam estimulando os abusos por meio de

suas plataformas. Dessa forma, é imprescindível endurecer as regras de

publicação de conteúdo e monetização de seus titulares, impedindo que tais

artifícios sejam empregados para atentar contra a saúde pública ou qualquer outra

finalidade contra o interesse público.

9.5 Atuação dos núcleos

Para ilustrar a atuação de cada núcleo, reuniram-se postagens e

publicações feitas pelos seus integrantes. Vale destacar aqui os fatos relacionados

ao comportamento do Presidente da República e de seus filhos, tanto na influência

sobre os demais núcleos quanto na disseminação de fake news em suas redes

sociais.

9.5.1 Núcleo de comando/Presidente da República

O Brasil, de acordo com estudo publicado na Revista Americana de

Medicina e Higiene Tropical é o sexto país, entre 87, com maior circulação de

comunicações falsas sobre a covid-19. Tal retrato é consequência de ação e

omissão do governo federal, especialmente do Presidente da República. Jair

Bolsonaro é líder e porta-voz da comunicação enganosa. Ele e seus filhos fizeram

númeras postagens incentivando o descumprimento das medidas sanitárias de

contenção da pandemia, incidindo diversa vezes na incitação ao crime.

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