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Relatório final da CPI da Covid

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(ocorrido em 16/10), menciona-se a prioridade dada pelo Ministro Pazuello ao

fortalecimento da atenção primária em saúde, e que o Brasil teria conseguido

diminuir em 70% a proporção de óbitos com a adoção do atual protocolo de

tratamento precoce.

Esse dado foi repetido pelo Ministro Queiroga na CPI, e que esse

tratamento necessitaria de confirmação e respaldo técnico da Comissão Nacional

de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec), o qual ele disse ter solicitado.

Ou seja, não havia e nem há protocolo clínico ou qualquer diretriz terapêutica

oficial sobre o tratamento precoce. O Estado tem operado no escuro. Para piorar

a situação, a Conitec informou na Nota Técnica 242/2021-

CITEC/CGGTS/DGITIS/SCTIE/MS que não houve qualquer demanda para

análise de incorporação da cloroquina ou hidroxicloroquina para tratamento da

covid-19 até a data do depoimento do Ministro.

Houve outros atores relevantes na Pasta, ainda mais porque seu

titular durante quase um ano, o Ministro Pazuello, não tinha formação médica. A

CPI convocou a Sra. Mayra Pinheiro 39 , médica pediatra, secretária de Gestão do

Trabalho do Ministério da Saúde. Ativa nas redes sociais, recebeu da imprensa a

alcunha de “Capitã Cloroquina”, graças a sua defesa do fármaco, mesmo que

perante a CPI tenha confirmado que não participou de pesquisas científicas ou

que tampouco tenha publicações na área de infectologia ou a respeito dos

medicamentos do chamado tratamento precoce. No entanto, ela esclareceu que

participava de discussões com técnicos e secretários do Ministério sobre essa

questão.

A senhora Mayra Pinheiro alegou que o Ministério da Saúde nunca

indicou tratamentos para a covid-19. A Pasta, segundo sua avaliação, somente

39

Depoimento à CPI no dia 25 de maio de 2021.

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