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Relatório final da CPI da Covid

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contratos por sessenta dias. Esse quadro foi decisivo para agravar o atendimento

à população do Rio de Janeiro, ante o recrudescimento da pandemia.

O Tribunal de Contas da União acolheu representação do Ministério

Público Federal, referente à grave situação da rede federal de hospitais e institutos

do Rio de Janeiro. Ao analisar a representação, o Ministro Relator Benjamin

Zymler, no voto condutor do Acórdão nº 229, de 2021, assim se manifestou:

“Embora os números possam sofrer flutuações em função da variação da

capacidade de recursos humanos disponível, resta evidente uma subutilização

relevante da capacidade física em função da carência de pessoal” 190 . De acordo

com os dados coletados pela fiscalização do TCU, o percentual de leitos não

utilizados por falta de recursos humanos nos hospitais federais varia de 32% a

44%.

Portanto, eventual malversação de recursos públicos na execução

desses contratos prejudicou o atendimento da população nesse período de

pandemia, na medida em que impossibilitou a reabertura de leitos, bem como foi

determinante para a não observância de condições mínimas de trabalho para os

profissionais de saúde.

Mediante os dados disponíveis do Portal da Transparência, percebese

a prática frequente de celebração de contratos por meio de dispensa de licitação

e o posterior aumento de valor dos contratos possivelmente por meio da

formalização de aditivos, alguns dos quais para inclusão de serviços não

contemplados no objeto do contrato.

A partir de uma relação de 37 empresas que chegou ao conhecimento

desta CPI, foi realizada a análise preliminar de extratos de contratos de seis

190

Disponível em: https://portal.tcu.gov.br/imprensa/noticias/tcu-verifica-possivel-falta-de-pessoal-nos-hospitais-do-rio-dejaneiro.htm.

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