04.04.2017 Views

lições de direito econconômico leonardo vizeu figueiredo ed forense 2014

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Dr. Guillermo Michelson Irusta, indicado pela Argentina, e o Dr. João Grandino Rodas, indicado<br />

pelo Brasil. A <strong>de</strong>cisão, que primou pela observância do equilíbrio entre as partes, a qual vem sendo<br />

cumprida pelo Brasil, zelando pela manutenção da política integracionista, <strong>de</strong>terminou que fossem<br />

eliminadas as barreiras tarifárias e não tarifárias.<br />

b) Laudo do Tribunal ad hoc do Mercosul sobre a reclamação feita pela República Argentina à<br />

República Fe<strong>de</strong>rativa do Brasil, sobre subsídios à produção e exportação <strong>de</strong> carne <strong>de</strong> porco, com<br />

publicação do laudo em 27 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1999. A questão versava sobre os proc<strong>ed</strong>imentos e<br />

normas estabelecidos pelo Brasil que, segundo as alegações da Argentina, caracterizariam subsídios<br />

à exportação da carne suína, afetando, assim, a competitivida<strong>de</strong> dos produtos platinos.<br />

Os árbitros <strong>de</strong>signados foram o Dr. Jorge Peirano Basso, Presi<strong>de</strong>nte, o Dr. Atilio Aníbal Alterini,<br />

indicado pela Argentina e o Dr. Luiz Olavo Baptista, pelo Brasil. Foi <strong>de</strong>clarada proce<strong>de</strong>nte a<br />

reclamação da Argentina em relação à utilização do Programa <strong>de</strong> Financiamento para Exportações,<br />

cuja <strong>de</strong>cisão foi aceita pelo Brasil.<br />

c) Aplicação <strong>de</strong> M<strong>ed</strong>idas <strong>de</strong> Salvaguarda sobre Produtos Têxteis (Res. n. 861/1999) do<br />

Ministério <strong>de</strong> Economia e Obras e Serviços Públicos da Argentina, cujo laudo foi publicado em 10<br />

<strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2000. A questão versava sobre a Resolução n. 861/1999, exp<strong>ed</strong>ida pela Argentina, na<br />

qual o Brasil alegava que a mesma estabelecia quotas sobre os produtos têxteis brasileiros, que eram<br />

incompatíveis com o livre-comércio estabelecido pelo Mercosul.<br />

Os árbitros foram o Dr. Gary N. Horlick (Presi<strong>de</strong>nte), o Dr. Raul E. Vinuesa (Argentina) e o Dr.<br />

José Carlos <strong>de</strong> Magalhães (Brasil). O Tribunal Arbitral concluiu que, por ausência <strong>de</strong> fundamento<br />

jurídico, a referida resolução e <strong>de</strong>mais consectários são incompatíveis com as normas do Mercosul.<br />

d) O quarto laudo arbitral, publicado em 21 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2001, versava sobre controvérsia entre o<br />

Brasil e a Argentina sobre a Aplicação <strong>de</strong> M<strong>ed</strong>idas antidumping contra a exportação <strong>de</strong> frangos<br />

inteiros, oriundos do Brasil, tendo o Tribunal Arbitral concluído pela ausência <strong>de</strong> abusivida<strong>de</strong> e se<br />

manifestado pela impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> afastamento das m<strong>ed</strong>idas do governo argentino.<br />

e) O quinto laudo arbitral, publicado em 29 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2001, tratou sobre controvérsia<br />

apresentada pelo Uruguai em face da Argentina, por restrições <strong>de</strong> acesso ao mercado argentino às<br />

bicicletas uruguaias. Manifestou-se o Tribunal pela antijuridicida<strong>de</strong> das m<strong>ed</strong>idas platinas, que<br />

representaram, in casu, restrição à livre circulação <strong>de</strong> mercadorias.<br />

f) O sexto laudo arbitral, publicado em 09 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2002, versou sobre controvérsia<br />

apresentada pelo Uruguai em face do Brasil, ante o estabelecimento <strong>de</strong> proibições aos pneumáticos<br />

remoldados do Uruguai. Decidiu o Tribunal que as m<strong>ed</strong>idas restritivas brasileiras eram<br />

incompatíveis com as normas e princípios do Mercosul.<br />

g) O sétimo laudo, publicado em 19 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2002, versou sobre controvérsia apresentada pela<br />

Argentina em face <strong>de</strong> obstáculos estabelecidos pelo Brasil para o ingresso <strong>de</strong> produtos<br />

fitossanitários argentinos. Decidiu o Tribunal que tais obstáculos <strong>de</strong>correram da mora do Estado<br />

brasileiro em internalizar as Resoluções do GMC n. 48, 149 e 156, <strong>de</strong> 1996, e n. 71/1998, fixando<br />

prazo <strong>de</strong> 120 dias para que o Brasil as incorporasse em seu or<strong>de</strong>namento jurídico.<br />

h) O oitavo Laudo Arbitral versou sobre IMESI (Paraguai x Uruguai), tendo sido publicado em<br />

21 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2002. O Tribunal Arbitral Ad Hoc do Mercosul foi constituído para <strong>de</strong>cidir a<br />

controvérsia entre a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai sobre a aplicação do<br />

Imposto Específico Interno (“Imesi”) à comercialização <strong>de</strong> cigarros oriundos da República do<br />

Paraguai. Reuniu-se com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberar e ditar sua <strong>de</strong>cisão.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!