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4 horas para o corpo - Timothy Ferriss

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Testando a ART<br />

Aceleremos <strong>para</strong> uma tarde fria e melancólica em Nova York, em dezembro de<br />

2009.<br />

A chuva enregelante desabava do lado de fora da academia Peak<br />

Performance, onde mais ou menos 20 treinadores, técnicos e eu participávamos<br />

de um seminário de um dia sobre PIMST (do inglês Poliquin instant muscle<br />

strengthening technique ou técnica Poliquin de fortalecimento muscular<br />

instantâneo), criada pelo treinador profissional e olímpico Charles Poliquin. Para<br />

cada diagnóstico e exercício, trabalhávamos com um parceiro e examinávamos<br />

a extensão do movimento. Para o primeiro exercício, analisamos a rotação<br />

interna e externa do ombro (<strong>para</strong> a interna, imagine o movimento de uma queda<br />

de braço ou de um lançamento de beisebol). Minha rotação externa era<br />

excelente, mas minha rotação interna era quase imóvel, tanto que meu parceiro<br />

brincou:<br />

— Uau! Você só pode estar brincando, né?<br />

Infelizmente, eu não estava. Mal me lembrava da última vez que tinha<br />

conseguido tocar a maior parte das minhas costas. Ao ser lembrado dessa<br />

deficiência e um tanto desmoralizado, abordei Charles durante um intervalo e lhe<br />

pedi recomendações. Ele parou por um segundo e me disse:<br />

— Gostaria que eu consertasse isso?<br />

Não sabia direito como responder.<br />

— Seria incrível — foi o que consegui dizer.<br />

Charles me guiou até uma mesa de massagem a um canto da academia e<br />

pediu que eu me deitasse. Ele reuniu todos os alunos <strong>para</strong> uma demonstração de<br />

como remover crescimentos musculares anormais e restrições de movimento.<br />

Foi uma demonstração e tanto.<br />

Apesar de eu ser o homem mais fraco do grupo, os grandalhões e os<br />

levantadores de peso passaram a ter mais respeito por mim 20 minutos depois.<br />

Era com certeza a coisa mais dolorosa que eles viam em muito tempo. Poliquin,<br />

que usou a ART em seus atletas sob a orientação de Mike Leahy durante quatro<br />

anos, precisou das duas mãos:<br />

— Você sabe que a coisa está feia quando precisa usar as duas mãos. Eu nunca<br />

uso as duas mãos.<br />

Ele tinha dois assistentes com mais de 100 kg guiando meus braços pelos<br />

movimentos enquanto aplicava pressão bastante <strong>para</strong> inserir seus dedos cerca de<br />

2 cm entre os músculos que estavam fundidos ao osso ou aos músculos<br />

antagônicos adjacentes. Eu me senti um peru no Dia de Ação de Graças.<br />

As fotos de antes e depois a seguir dão uma visão mais completa da coisa.<br />

Charles estimou que precisaria de três ou quatro sessões a mais <strong>para</strong> solucionar

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