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4 horas para o corpo - Timothy Ferriss

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A acne e o sono foram os primeiros assuntos sobre os quais fiz<br />

autoexperimentação. Mais tarde estudei o humor, o controle de peso e o efeito do<br />

ômega 3 na função cerebral. Aprendi que a autoexperimentação tem três<br />

utilidades:<br />

1. Testar ideias. Testei a ideia de que a tetraciclina ajuda no combate à<br />

acne. Testei ideias quanto a dormir melhor. E também ideias que nasceram<br />

por acaso. Há alguns anos, enquanto tentava calçar meus sapatos em pé,<br />

percebi que meu equilíbrio estava muito melhor que o normal. Colocava<br />

meus sapatos estando de pé há mais de um ano, mas naquela manhã foi<br />

mais fácil do que o habitual. Na noite anterior, eu havia tomado seis cápsulas<br />

de óleo de linhaça. Depois fiz experiências <strong>para</strong> provar a ideia de que o óleo<br />

de linhaça melhorava o equilíbrio (e melhora mesmo).<br />

2. Criar novas ideias. Por definição, a autoexperimentação envolve fazer<br />

mudanças bruscas na sua vida: você não faz a coisa X durante várias<br />

semanas, depois faz a coisa X por várias semanas. Isso, além do fato de<br />

você se monitorar de várias maneiras, facilita que a autoexperimentação<br />

revele eleitos colaterais inesperados. Já me aconteceu cinco vezes. Além<br />

disso, medições diárias — de acne, sono e qualquer outra coisa — formam<br />

uma base que torna mais fácil perceber qualquer alteração inesperada.<br />

3. Desenvolver ideias. Isto é, determinar o melhor modo de usar uma<br />

descoberta e aprender sobre o mecanismo dela. Depois que descobri que o<br />

óleo de linhaça melhorava o equilíbrio, usei a autoexperimentação <strong>para</strong><br />

descobrir a melhor dosagem (três ou quatro colheres de sopa por dia).<br />

Um argumento contra a autoexperimentação é que você não é “cego”. Talvez<br />

o tratamento funcione porque você espera que funcione. O efeito placebo. Nunca<br />

me deparei com um caso no qual isso pareceu ter acontecido. Quando o décimo<br />

tratamento ajuda, depois de os tratamentos de um a nove terem fracassado (na<br />

minha experiência normal), é improvável que se trate de um efeito placebo.<br />

Descobertas acidentais não podem ter efeito placebo.<br />

Minha experiência mostrou que a autoexperimentação <strong>para</strong> a melhoria da vida<br />

é uma ferramenta poderosa. Não sou um especialista em nada que estudei —<br />

não sou um especialista em estudos do sono, por exemplo —, mas repetidamente<br />

encontrei relação útil de causa e efeito (cafés da manhã causam insônia matinal,<br />

óleo de linhaça melhora o equilíbrio etc.) que os especialistas ignoraram. Isso não<br />

era <strong>para</strong> acontecer, é claro, mas faz muito sentido. Minha autoexperimentação<br />

tem três grandes vantagens sobre a pesquisa tradicional conduzida por<br />

especialistas:

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