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4 horas para o corpo - Timothy Ferriss

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se saindo melhor do que o grupo que está tomando placebo. Se for assim, deixe<br />

como está. Se, por outro lado, o grupo do placebo já estiver se saindo melhor do<br />

que o grupo tratado, então ajuste os valores de referência na sua análise.<br />

Ignore as desistências<br />

Pessoas que desistem dos testes têm estatisticamente mais probabilidade de<br />

terem se saído mal e mais chances ainda de apresentar efeitos colaterais. Elas só<br />

farão com que sua medicação pareça ruim. Assim, ignore-as, sem tentar citálas,<br />

e sequer as inclua na sua análise final.<br />

Limpe os dados<br />

Olhe <strong>para</strong> seus gráficos. Haverá alguns “extremos” anômalos ou pontos que<br />

estão muito distantes de outros. Se esses extremos estiverem fazendo com que<br />

sua medicação pareça ruim, simplesmente os apague. Entretanto, se ajudarem a<br />

parecer boa, mesmo que sejam resultados aleatórios, deixe-os lá.<br />

“O melhor de cinco… não… sete… não… nove!”<br />

Se a diferença entre sua medicação e o placebo se tornar relevante depois de<br />

quatro meses e meio num teste de seis meses, pare-o imediatamente e comece a<br />

escrever os resultados: as coisas talvez fiquem menos impressionantes se você<br />

continuar. Ou então, se aos seis meses os resultados forem “quase significativos”,<br />

prolongue o teste por mais três meses.<br />

Torture os dados<br />

Se os resultados forem ruins, peça ao computador que volte e veja se algum<br />

subgrupo em especial se comportou de alguma maneira diferente. Você talvez<br />

descubra que o medicamento funciona bem em mulheres chinesas entre 52 e 61<br />

anos. “Torture os dados até que eles confessem tudo”, como se diz na baía de<br />

Guantánamo.<br />

Tente todos os botões do computador<br />

Se você estiver mesmo desesperado e analisar seus dados da maneira como você<br />

planejou não lhe dá os resultados esperados, apenas cite os números em meio a<br />

vários outros testes estatísticos, mesmo que sejam totalmente inapropriados, de<br />

forma aleatória.<br />

Quando você tiver terminado, o mais importante, claro, é publicar com<br />

inteligência. Se você tem um bom teste, publique na maior revista científica que<br />

conseguir. Se tiver um teste positivo, mas completamente injusto, que será óbvio<br />

<strong>para</strong> qualquer um, publique-o num periódico obscuro (publicado, escrito e<br />

editado pela própria indústria farmacêutica). Lembre-se: os truques que

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