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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐102 Anabela Gradimturn final em direcção à primeirida<strong>de</strong> é a reabilitação da cognição intuitiva,que provoca uma revisão da base semiótica da lógica do conhecimento. Sónessa altura obtém Peirce uma reconciliação entre a “lógica da investigação”e a “lógica objectiva” da evolução.Para incorporar a lógica da investigação na metafísica da evolução Peirceé compelido a operar uma revisão das fundações semióticas <strong>de</strong>sta. O facto éque uma valida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> inquirição que repousa apenas sobre a valida<strong>de</strong>da inferência sintética, juntamente com a selecção mecânica <strong>de</strong> hipótesesobtidas através do confronto com os factos começa, nesta altura, a revelar-seinsatisfatória para Peirce. Como surgem as hipóteses? A questão a que Peirceprecisa respon<strong>de</strong>r é como, <strong>de</strong> entre miría<strong>de</strong>s <strong>de</strong> intuições possíveis, o homemrelativamente <strong>de</strong>pressa <strong>de</strong>scobre aquelas que têm afinida<strong>de</strong>s com o real. Estaquestão, que é muito diferente da questão da valida<strong>de</strong> objectiva do processo<strong>de</strong> inferência sintética a longo prazo, a que Peirce respon<strong>de</strong>ra em 68, só po<strong>de</strong>ser solucionada em conjunção com a metafísica da evolução, pois <strong>de</strong>monstrara valida<strong>de</strong> da inferência sintética não explica, <strong>de</strong> todo, como é a experiênciaem geral possível.Na opinião <strong>de</strong> Apel, após 1891 Peirce já tinha respondido na sua metafísicaà questão da afinida<strong>de</strong> entre o conhecimento humano e a natureza emtermos <strong>de</strong> um I<strong>de</strong>alismo Objectivo. A sua resposta interpretava a estruturacategórica da natureza como um estádio preliminar, inconsciente, e equivalenteà estrutura categorial da lógica da investigação conscientemente aplicada.Mesmo quando sustenta esta posição, a que dará o nome <strong>de</strong> Agapismo,Peirce encara como insatisfatória a sua tentativa <strong>de</strong> explicar a cognição bemsucedida apenas com base em introvisões aleatórias e à selecção mecânicadaquelas que são utilizáveis, e por isso postula uma empatia simpatéticodivinatóriacomo tendência final da evolução.Todavia, os instrumentos teóricos <strong>de</strong> que dispunha para dar tal passo eramescassos e só <strong>de</strong>pois da fundação das ciências normativas, com o seu recursoexplícito à consciência estética, foi possível usar a semiótica para articulara concepção <strong>de</strong> primeirida<strong>de</strong> da terceirida<strong>de</strong>, isto é, a percepção icónicoqualitativada or<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>al do universo em evolução.Em 1903 Peirce tenta estabelecer a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> experimentar o mundoatravés dos sentidos como a condição semiótica para a possibilida<strong>de</strong> do processocognitivo. A função icónica da linguagem no predicado da frase, enquantoprimeirida<strong>de</strong> da terceirida<strong>de</strong> da síntese predicativa operada pela propowww.labcom.pt✐✐✐✐

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