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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐82 Anabela Gradim<strong>de</strong>stas três porque todos os outros conceitos elementares po<strong>de</strong>m ser reconduzidosa estes. O entendimento reduz a pluralida<strong>de</strong> das impressões sensíveisà unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma proposição, proposição essa que consiste na ligação <strong>de</strong> umpredicado com um sujeito, mediante uma cópula, o verbo ser, e ao fazê-lo reduza multiplicida<strong>de</strong> à unida<strong>de</strong>. Sendo a substância – a concepção <strong>de</strong> presenteem geral, ou <strong>de</strong> Isso, 22 aquilo que é presente e não sujeito ainda a qualquerdiscriminação – o princípio; e o ser – a cópula que une o predicado a umsujeito, e que significa “existência actual ou possível” 23 – o fim <strong>de</strong> todo o conceito,Peirce irá, com base nestas premissas, <strong>de</strong>duzir as categorias, <strong>de</strong> acordocom o seguinte método <strong>de</strong> pesquisa: “<strong>de</strong>scobrir quaisquer conceitos universaiselementares que possam intermediar entre a pluralida<strong>de</strong> da substância e aunida<strong>de</strong> do ser”. 24Peirce conclui que a qualida<strong>de</strong> é o primeiro conceito que surge ao passarmosdo ser à substância, pois uma proposição tem sempre, além <strong>de</strong> umtermo para expressar a substância, um outro para expressar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssasubstância; e a função do conceito <strong>de</strong> ser é unir a qualida<strong>de</strong> à substância. Oraas qualida<strong>de</strong>s apenas po<strong>de</strong>m ser conhecidas por contraste ou semelhança comoutra qualida<strong>de</strong>, o que oferece a ocasião, pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> referência a umcorrelato, para a introdução do conceito <strong>de</strong> referência a um fundamento, queconstitui o conceito seguinte na or<strong>de</strong>m da passagem do ser à substância.Além disso, toda a representação requer, para além da coisa relacionada,do fundamento, e do correlato, também uma representação mediadora que representao relacionado como sendo uma representação do mesmo correlatoque esta representação mediadora ela própria representa. Tal representaçãomediadora po<strong>de</strong> ser chamada interpretante, porque <strong>de</strong>sempenha a função <strong>de</strong>um intérprete, “que diz que um estrangeiro diz a mesma coisa que ele própriodiz”. 25 Neste sentido, interpretante refere, por exemplo, o retrato que22 . It, no original. Cf. “On a New List of Categories”, Writings of <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce: AChronological Edition, vol 2, ed. FISCH, Max, et al., Bloomington, Indiana University Press,p. 49.23 . Ibi<strong>de</strong>m.24 . “The facts now collected afford the basis for a systematic method of searching out whateveruniversal elementary conceptions there may be intermediate between the manifold ofsubstance and the unity of being.”, i<strong>de</strong>m, p. 51.25 . “Such a mediating representation may be termed an interpretant, because it fulfils theoffice of an interpreter, who says that a foreigner says the same thing which he himself says”,i<strong>de</strong>m, p. 54.www.labcom.pt✐✐✐✐

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