13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 243da operação <strong>de</strong> “contracção”, a natureza comum produz a isticida<strong>de</strong> da coisa,que é o seu princípio <strong>de</strong> individuação. 29 “A doutrina da natureza comum é,então, como uma placa giratória, a partir da qual nos po<strong>de</strong>mos orientar emtodas as direcções (...) Do ponto <strong>de</strong> vista da metafísica do ser, a indiferençada natureza acarreta como consequência que, <strong>de</strong>terminável à universalida<strong>de</strong>no entendimento, como à singularida<strong>de</strong> na realida<strong>de</strong> exterior, ela não seja elaprópria nem universal nem singular. E assim se encontra excluída a tese segundoa qual a substância material seria individual <strong>de</strong> pleno direito”, explicaGilson. 30Esta solução, que hoje nos po<strong>de</strong> parecer exageradamente subtil, resolveexactamente aquilo que se propõe resolver: confere aos universais um estatutoontológico <strong>de</strong>finido, e faz com que, sendo na mente uma relação <strong>de</strong> razão,29 . Abbagnano expõe esta parte da doutrina escotista <strong>de</strong> uma maneira que me parece muitoclara, <strong>de</strong> forma que reproduzo aqui parte <strong>de</strong>la: “A substância ou natureza comum é simultaneamenteo fundamento da realida<strong>de</strong> dos indivíduos e da universalida<strong>de</strong> do conceito. Pela suaparte não é, portanto, nem individual nem universal, ou melhor, é, por si mesma, indiferente àindividualida<strong>de</strong> e à universalida<strong>de</strong> (...) Esta natureza comum não só é, por si mesma, indiferenteà universalida<strong>de</strong> que recebe no intelecto e à singularida<strong>de</strong> que recebe na realida<strong>de</strong>, mas oseu próprio ser no intelecto não tem originariamente um carácter universal. A universalida<strong>de</strong>é-lhe acrescentada como primeira <strong>de</strong>terminação, enquanto é objecto; na realida<strong>de</strong> externa, domesmo modo, é-lhe acrescentada a singularida<strong>de</strong> que faz <strong>de</strong>la uma realida<strong>de</strong> individual, se bemque, por si mesma, seja anterior à <strong>de</strong>terminação que a contrai num indivíduo singular. Pela suaigual indiferença à universalida<strong>de</strong> e à singularida<strong>de</strong> não repugna nem a uma nem a outra; po<strong>de</strong>adquirir, como objecto do intelecto, aquela universalida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>la faz uma realida<strong>de</strong> inteligível,e como realida<strong>de</strong> física, aquela individualida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>la faz uma realida<strong>de</strong> externa à alma”,i<strong>de</strong>m, p. 112.30 . GILSON, Étienne, Jean Duns Scott – Introduction à ses positions fondamentales, 1952,Librairie Philosophique Jean Vrin, Paris, p. 451. Escoto, por ele citado, coloca a questãonos seguintes termos: “ (...) la nature n’est pas <strong>de</strong> soi universelle, mais reçoit pour ainsidire l’universalité qui s’y ajoute immédiatement lorsqu’elle <strong>de</strong>vient objet <strong>de</strong> l’intellect, tout<strong>de</strong> même, prise dans la réalité extérieure oú elle possè<strong>de</strong> la singularité, cette nature n’est pas<strong>de</strong> soi déterminée à la singularité, mais elle est naturellement antérieure à ce qui la restreint àcette singularité, et en tant qu’elle est naturellement antérieure à cet élément restrictif, il ne luirépugne pas d’être sans lui. De même donc qu’à titre d’objet <strong>de</strong> l’intellect, la nature possè<strong>de</strong> unveritable être intelligible, avec l’entité et l’universalité d’un tel objet, <strong>de</strong> même aussi, à titre <strong>de</strong>réalité naturelle, elle possè<strong>de</strong> hors <strong>de</strong> l’âme le véritable être réel qui convient à une réalité <strong>de</strong> cegenre (secundum illam entitatem in rerum natura habet verum esse extra animam reale). Ellepossè<strong>de</strong> donc une unité <strong>de</strong> même réalité que celle <strong>de</strong> cet être, c’est-à-dire une unité indifférenteà la singularité, telle qu’il ne répugne pas à cette unité <strong>de</strong> nature d’être posée avec une unitéquelconque <strong>de</strong> singularité”, i<strong>de</strong>m, p. 450.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!