13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐236 Anabela Gradimtivessem revelado na totalida<strong>de</strong> das suas consequências filosóficas – classificaa,por esta altura, <strong>de</strong> mera máxima epistemológica e não um “sublime” princípio<strong>de</strong> filosofia e metafísica –, nem é provável que a esta data tivesse emconsi<strong>de</strong>ração, especialmente, a integração da teoria que fará no âmbito dasciências normativas.E se me parece consentânea, a máxima <strong>de</strong> Como Tornar as Nossas I<strong>de</strong>iasClaras, com o pragmaticismo da maturida<strong>de</strong>, é porque já é formulada no condicional,e se refere não às consequências que a concepção tem, mas às concebíveis,isto é, a todas aquelas que po<strong>de</strong>ria vir a ter, mesmo que não sejamnunca actualizadas. Nada obsta, igualmente, a que os significados se mantenhamem aberto, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da própria progressão dos conhecimentos dohomem, <strong>de</strong> forma que os “efeitos concebíveis” <strong>de</strong> uma qualquer concepçãopossam expandir-se e alargar-se à medida que o tempo passa e o nosso conhecimentoaumenta. 8Nesse texto o significado é, além disso, equacionado e i<strong>de</strong>ntificado com ohábito que uma concepção produz, enquanto termo das consequências práticas<strong>de</strong> tal concepção. “Consequentemente, para <strong>de</strong>senvolvermos o significado,temos simplesmente <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar quais os hábitos que produz, pois o queuma coisa significa é simplesmente que hábitos envolve” 9 – e se este passoaparentemente se assemelha à visão jamesiana da questão, que a reclama aos“efeitos práticos”, como veremos, essa interpretação é incorrecta. Devemoslembrar que, para Peirce, um hábito é não uma acção ou consequência prática,mas algo muito diferente: uma “regra <strong>de</strong> acção”. A acção é secundida<strong>de</strong>, maso hábito é regra e lei governando a acção, e nesse sentido, embodied thirdness,terceirida<strong>de</strong>.Porquê então o equívoco que levará Peirce, 20 anos mais tar<strong>de</strong>, a corrigir8 . “How much more the word electricity means now than it did in the days of Franklin; howmuch more the term planet means now than it did in the time [of] Hipparchus. These wordshave acquired information; just as a man’s thought does by further perception. But is there nota difference, since a man makes the word and the word means nothing which some man has notma<strong>de</strong> it mean and that only to that man? This is true; but since man can think only by meansof words or other external symbols, words might turn round and say, You mean nothing whichwe have not taught you and then only so far as you address some word as the interpretant ofyour thought. In fact, therefore, men and words reciprocally educate each other; each increaseof a man’s information is at the same time the increase of a word’s information and vice versa.So that there is no difference even here.”, Collected Papers, 7.587.9 . Collected Papers, 5.400.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!