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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐Ética e heteronomia 445interior: as primeiras sugestões <strong>de</strong> insuficiência partindo do último Wittgenstein,mas também <strong>de</strong> Morris e da Speech Act Theory, <strong>de</strong> Austin. De fora doparadigma, Peirce, o outsi<strong>de</strong>r, através da sua semiótica, inventaria o problemamuito antes <strong>de</strong>ste conhecer qualquer outra formulação, e notavelmente, poisnenhum dos outros o faz, fornece, na perspectiva <strong>de</strong> Apel, material para umareconstrução crítica da ciência e da Ética.O problema fundamental da Ética da Discussão é como, a partir da fundamentaçãotranscen<strong>de</strong>ntal <strong>de</strong> um terreno <strong>de</strong> racionalida<strong>de</strong> comum (e esta fundamentaçãotranscen<strong>de</strong>ntal resume-se a todos partilharmos uma racionalida<strong>de</strong>una – a razão é a coisa mais bem distribuída do mundo – pelo que negando-o,se cai em auto-contradição performativa), construir, <strong>de</strong> forma não <strong>de</strong>dutiva,uma Ética que tenha aplicabilida<strong>de</strong> nas situações concretas do mundo.Ora este tipo <strong>de</strong> fundamentação transcen<strong>de</strong>ntal não <strong>de</strong>dutiva apresenta dificulda<strong>de</strong>sna hora da articulação com situações concretas, porque exige umasérie <strong>de</strong> condições a priori <strong>de</strong> pertença a uma comunida<strong>de</strong> que nem sempreserão cumpridas; e porque <strong>de</strong>ste modo limita o alcance das comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>comunicação reais e históricas – que se hão-<strong>de</strong> conformar a um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>racionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sentido único. Por outro lado, ten<strong>de</strong> a ignorar, o que Peircenão fazia, que muitos outros factores, além da razão humana, contribuem paraa formação da vonta<strong>de</strong>, 6 e que se muitas vezes o <strong>de</strong>bate ético parece simplesmenteinterminável, tal se <strong>de</strong>ve ao facto <strong>de</strong> que nem sempre a razão po<strong>de</strong><strong>de</strong>rrotar convicções profundas do indivíduo – pelo contrário, é muitas vezes,cas. Cf. KUHN, Thomas, A Estrutura das Revoluções Científicas, editorial Perspectiva, col.Debates, 3 a ed., 1990, São Paulo, Brasil.6 . Factores que só agora as neurociências começam timidamente a <strong>de</strong>svelar.www.labcom.pt✐✐✐✐

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