13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

✐✐✐✐230 Anabela Gradimesta realida<strong>de</strong> externa causa a sensação, e através da sensação tenha causadotoda aquela linha <strong>de</strong> pensamento que conduziu finalmente à crença”. 67 Sendoa realida<strong>de</strong> o objecto da opinião final, se esta se confinasse a um grupo particular,então as externalida<strong>de</strong>s que lhe correspon<strong>de</strong>riam po<strong>de</strong>riam muito bemser concebidas pelo grupo, em suma, i<strong>de</strong>alistas.O processo para chegar à opinião final ou fixação da crença verda<strong>de</strong>ira– o processo lógico – resume-se, em Peirce, à inferência que é válida in thelong run. É da inferência que é retirada a partir da observação e verificadapelo confronto com a experiência que o processo <strong>de</strong> investigação se alimenta,e é este que conduz à conclusão verda<strong>de</strong>ira – aquela <strong>de</strong> que ninguém duvida– ou crença. Ora se a inferência é o fino esqueleto sobre o qual labora oprocesso <strong>de</strong> inquiry, as categorias subjazem a essa estrutura e, além <strong>de</strong> semanifestarem <strong>de</strong> forma clara e visível nos resultados – o hábito releva dodomínio da terceirida<strong>de</strong>, e a crença é triádica 68 –, enformam e estruturam todoo processo que a ela dá origem. É assim que a própria inferência é triádica,e correspon<strong>de</strong>ndo a cada uma das categorias, e às suas características, há umtipo <strong>de</strong> inferência cujo modo <strong>de</strong> funcionamento é uma manifestação daquela.As três classes principais <strong>de</strong> inferência lógica são a <strong>de</strong>dução, indução e abduçãoou hipótese. A Primeirida<strong>de</strong> encontra-se representada na hipótese, poisnesta as premissas são como que uma representação icónica da conclusão, quenão é necessária, mas produz conhecimentos novos – correspon<strong>de</strong>ndo assimao aspecto <strong>de</strong> originalida<strong>de</strong> e freshness que Peirce <strong>de</strong>tecta na Primeirida<strong>de</strong>.À categoria <strong>de</strong> Secondness correspon<strong>de</strong> a <strong>de</strong>dução, que é, a partir daspremissas, um raciocínio compulsivo cuja conclusão é necessária. Na <strong>de</strong>dução67 . Collected Papers, 7.339.68 . Que Peirce concebia a própria crença como triádica, contendo elementos das três categorias,é visível no seguinte passo: “ And what, then, is belief? It is the <strong>de</strong>mi-ca<strong>de</strong>nce whichcloses a musical phrase in the symphony of our intellectual life. We have seen that it has justthree properties: First, it is something that we are aware of; second, it appeases the irritationof doubt; and, third, it involves the establishment in our nature of a rule of action, or, say forshort, a habit. As it appeases the irritation of doubt, which is the motive for thinking, thoughtrelaxes, and comes to rest for a moment when belief is reached. But, since belief is a rule foraction, the application of which involves further doubt and further thought, at the same timethat it is a stopping-place, it is also a new starting-place for thought. That is why I have permittedmyself to call it thought at rest, although thought is essentially an action. The final upshotof thinking is the exercise of volition, and of this thought no longer forms a part; but belief isonly a stadium of mental action, an effect upon our nature due to thought, which will influencefuture thinking”, Collected Papers, 5.397.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!