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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐190 Anabela Gradimuma possibilida<strong>de</strong> flutuando no vácuo, não racional mas capaz <strong>de</strong> racionalização”.43Como o ser do primeiro está apenas em si, pois é insusceptível <strong>de</strong> relação,torna-se mera potencialida<strong>de</strong>, 44 um sentimento puro que é a impressão totale inanalisada do conjunto do conteúdo da consciência num dado instante. 45Essa Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sentimento que é puramente arbitrária e potencial é algoque se po<strong>de</strong> “sentir” mas não <strong>de</strong>screver ou analisar, porque a partir do momentoem que se inicia esse processo a sua unicida<strong>de</strong>, aquilo que é próprio àQualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sentimento, escapa-se. Peirce diz que ela é inacessível à linguagempor ser “a consciência <strong>de</strong> um momento”, e se o sentimento é indiviso, alinguagem que o representa cin<strong>de</strong> e separa, ao torná-lo representação e objecto<strong>de</strong> consciência reflexiva. 46 Feeling é “a consciência <strong>de</strong> um momento tal comoé na sua singularida<strong>de</strong>, sem cuidar das suas relações com os seus próprioselementos ou com qualquer outra coisa”. 47Primeirida<strong>de</strong>, o primeiro elemento dos fenómenos, ou, em lógica, o termoda relação, é um absoluto, ser que tem o seu ser em si e sem conexão comnenhum outro. Um primeiro não está sujeito a leis nem ao princípio <strong>de</strong> nãocontradição, <strong>de</strong>vido à sua vagueness essencial. São I<strong>de</strong>ias ou Possíveis essencialmentevagos e, por via disso “incapazes <strong>de</strong> perfeita actualização”. 487.3 Two“Categoria <strong>de</strong> Segundo é a i<strong>de</strong>ia daquilo que é tal como é sendo Segundo paraalgum primeiro, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> tudo o resto, e em particular in<strong>de</strong>pen-43 . Collected Papers, 6.342.44 . Collected Papers, 6.343.45 . Collected Papers, 6.345.46 . “ . . . what I am trying to <strong>de</strong>scribe is the consciousness of a moment. By the very natureof language, I am obliged to pick them to pieces to <strong>de</strong>scribe them. This requires reflection;and reflection occupies time. But the consciousness of a moment as it is in that very momentis not reflected upon, and not pulled to pieces. As it is in that very moment, all these elementsof feeling are together and they are one undivi<strong>de</strong>d feeling without parts”, Collected Papers,7.540.47 . I<strong>de</strong>m.48 . PEIRCE, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs, Semiotics and Significs — The Correspon<strong>de</strong>nce Between<strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce and Victoria Lady Welby, ed. HARDWICK, <strong>Charles</strong> S., Indiana UniversityPress, 1977, Bloomington, Indiana, p. 81.www.labcom.pt✐✐✐✐

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