13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

✐✐✐✐Ética e heteronomia 399Na fruição estética, diz Peirce, o homem atenta na totalida<strong>de</strong> da Qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> Sentimento presente no objecto que contempla, e compreen<strong>de</strong> essesentimento como sendo “um sentimento razoável (...) uma consciência pertencenteà categoria <strong>de</strong> Representação, embora representando algo na categoria<strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sentimento”. 30 Ora sendo a Lógica a doutrina do pensamentoautocontrolado, os processos lógicos só po<strong>de</strong>m ter início on<strong>de</strong> o processo <strong>de</strong>cognição controlada se inicia. 31 Sabemos que esse controle não começa antesda formação do percepto (percept), nem, diz Peirce, antes da operação queimediatamente se lhe segue, a <strong>de</strong> julgar o que é percebido 32 ou criar um julgamentoperceptual. 33 Estando fora e sendo anteriores ao processo lógico, que éautocontrolado, os juízos perceptuais funcionam como as primeiras premissasdos nossos raciocínios, e não po<strong>de</strong>m ser criticados ou postos em questão. 34Quando Peirce diz que o universo é um signo e um símbolo e um vasto argumentoou representamen produzindo as suas conclusões em realida<strong>de</strong>s vivas,naquilo que nós <strong>de</strong>le compreen<strong>de</strong>mos os nossos julgamentos perceptuais sãopara nós as premissas, que têm ícones como seus predicados, e nestes Qualida<strong>de</strong>sque nos são imediatamente presentes. 35O ponto que Peirce preten<strong>de</strong> alcançar só será retomado no final da Lectureseguinte. 36 É que ao admitir-se que a lógica pára para lá das operações autocontroladas– que não faz parte <strong>de</strong> todas as operações que não po<strong>de</strong>mos cons-30 . Collected Papers, 5.113.31 . Collected Papers, 5.114.32 . Collected Papers, 5.115.33 . “I shall consi<strong>de</strong>r the perceptual judgment to be utterly beyond control. Should I be wrongin this, the percept, at all events, would seem to be so”, Collected Papers, 5.115.34 . Collected Papers, 5.116.35 . Collected Papers, 5.119.36 . Na verda<strong>de</strong> ele é obliquamente mencionado, mas não explicitado, ainda nesta Lecture:“..it seems to me that while in esthetic enjoyment we attend to the totality of Feeling – an<strong>de</strong>specially to the total resultant Quality of Feeling presented in the work of art we are contemplating– yet it is a sort of intellectual sympathy, a sense that here is a Feeling that one cancomprehend, a reasonable Feeling [trata-se <strong>de</strong> uma generalização cujo constituinte principalnão é o sentimento mas uma cognição]. I do not succeed in saying exactly what it is, but it isa consciousness belonging to the category of Representation, though representing somethingin the Category of Quality of Feeling. In that view of the matter, the objection [refere-se àacusação <strong>de</strong> hedonismo] to the doctrine that the distinction Moral approval and disapprovalis ultimately only a species of the distinction Esthetic approval and disapproval seems to beanswered”, Collected Papers, 5.113.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!