13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 283com 260 edições no período compreendido entre 1474 e 1630. 61 Signo verbalé aí <strong>de</strong>finido como “vox significativa ad placitum”, a qual “ad voluntatem instituentisaliquid representat”, distinguindo-se assim da “vox non-significativaque auditui nihil representat, ut buba”, e ainda dos signos naturais, como osgemidos ou o ladrar <strong>de</strong> um cão. As unida<strong>de</strong>s significativas po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>pois sersimples (nomes e verbos) ou compostas (oração e proposição). O significadoé a representação <strong>de</strong> uma coisa por meio <strong>de</strong> um som vocal convencional; <strong>de</strong>forma que o signo verbal resulta formado por um som vocal significante, euma representação ou significado.A suposição é constituída pelo facto <strong>de</strong> um termo estar no lugar <strong>de</strong> umacoisa, “est acceptio termini substantivi pro aliquo”. É porque é formado <strong>de</strong>vox e significatio que o signo po<strong>de</strong> referir-se a outra coisa sob um qualqueraspecto, supponere. Significar, é função da vox; estar por, é função do signocomposto por vox e significatio, distinguindo-se assim a significação da coisasignificada. 62Também Pedro da Fonseca, nas Instituições Dialécticas, se ocupará dasuppositio, e dos tipos e divisões <strong>de</strong> signos, e ocupará algumas páginas com otema. 63 Fonseca distingue três géneros <strong>de</strong> nomes e <strong>de</strong> verbos: construídos pelamente, pela voz, e pela escrita; sendo os da voz signo dos que estão na mente;e os escritos signo dos que estão na voz. Tais signos po<strong>de</strong>m ainda dividirseem formais, isto é, imagens das coisas significadas gravadas no intelecto;e instrumentais, ou seja, “ coisas que, postas à frente das potências cognoscentes,conduzem ao conhecimento <strong>de</strong> outra”. 64 Os sinais po<strong>de</strong>m ainda sernaturalibus ou ex instituto, sendo os primeiros os que, pela sua natureza, têma proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> significar algo, como o riso é sinal <strong>de</strong> alegria, e o gemido <strong>de</strong>61 . Segue-se <strong>de</strong> perto, nesta exposição, o trabalho <strong>de</strong> Augusto PONZIO, “La semantica diPietro Hispano”, in Linguistica Medievale, Adriatica Editrice, 1983, Bari.62 - “Differunt autem suppositio et significatio, quia significatio est per impositionem vocisad rem significandam, suppositio vero est accepio ipsius termini iam significantis rem pro aliquo.Ut cum dicitur ‘homo currit’, iste terminus ‘homo’ supponit pro Socrate vel pro Platone,et sic <strong>de</strong> aliis. Quare significatio prior est suppositione. Neque sunt eius<strong>de</strong>m, quia significareest vocis, supponere vero est termini iam quasi compositi ex voce et significatione. Ergosuppositio non est significatio”, Ibi<strong>de</strong>m, p. 134.63 - FONSECA, Pedro, Instituições Dialécticas, trad. Joaquim Ferreira Gomes, Instituto <strong>de</strong>Estudos Filosóficos, 1964, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra.64 - Ibi<strong>de</strong>m, p. 35www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!