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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐290 Anabela Gradimtos acerca dos quais versam, que, esses sim, são distintos, sendo um a coisapresente in re, e outro as palavras <strong>de</strong>stinadas a exprimi-la.Até aqui, as distinções são bastante simples. As dificulda<strong>de</strong>s começam asurgir quando se trata <strong>de</strong> apurar se um conceito não ultimado da voz, ou seja,uma expressão linguística, representa apenas a própria expressão, ou se representatanto a expressão como o seu significado, significado esse que, temos<strong>de</strong> supô-lo, é distinto da própria coisa significada, caso em que estaríamosperante um conceito ultimado.Em princípio, diz João <strong>de</strong> São Tomás, a significação terá, <strong>de</strong> algum modo,<strong>de</strong> ser envolvida no conceito não ultimado, porque "se a voz é nuamente consi<strong>de</strong>radacomo um certo som feito por um animal, é evi<strong>de</strong>nte que pertence aum conceito ultimado, porque <strong>de</strong>ste modo é consi<strong>de</strong>rada enquanto é um tipo<strong>de</strong> coisa, isto é, do modo como a Filosofia trata aquele som". E este será oponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong>fendido pelo mestre lisbonense na <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>ira questão do Tratadodos Signos, <strong>de</strong> que a significação está e é representada no conceito nãoultimado, embora o cognoscente não necessite atingir a convencionalida<strong>de</strong> dasignificação, a “relação <strong>de</strong> imposição”, mas basta que lhe seja representadoque tal significação existe. É o que suce<strong>de</strong> no caso <strong>de</strong> um homem ouvindouma expressão cujo significado não compreen<strong>de</strong>, sabendo, todavia, que talsignificado existe.São portanto os signos veículo único e fundamental <strong>de</strong> condução do extramentalà alma, e da própria alma se inteleccionar a si inteleccionando. Ainvestigação semiótica <strong>de</strong> João <strong>de</strong> São Tomás, ou inquirição da natureza eessência dos signos constitui-se como um programa perfeitamente mo<strong>de</strong>rnoe completo, dando conta simultaneamente, e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> estabelecer convenientementeo estatuto ontológico dos signos, dos processos <strong>de</strong> comunicação,significação e constituição <strong>de</strong> uma imagem do mundo. Para tal João irá estudaras relações entre os signos e os seus intérpretes (relações simultaneamentesecundum dici e <strong>de</strong> razão); entre os signos em geral e o que estes <strong>de</strong>signam(relações secundum esse); e ainda entre os próprios signos entre si. Destalógica das relações que elabora, utilizando para o efeito proposições primitivasou signos isolados, se po<strong>de</strong> partir para o estudo da Lógica propriamentedita, que se <strong>de</strong>bruça sobre as linguagens e os raciocínios, complexos sígnicoselaborados que obe<strong>de</strong>cem às mesmas regras que qualquer veículo sígnicoencarado isoladamente.Em termos <strong>de</strong> concepção, o Tratado dos Signos <strong>de</strong>stina-se a explicitar ewww.labcom.pt✐✐✐✐

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