13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

✐✐✐✐Capítulo 8Categorias e lógica da ciênciaPEIRCE orgulhava-se da sua formação <strong>de</strong> “cientista <strong>de</strong> laboratório” 1 e acabapor dar expressão filosófica ao método experimental que observa nos laboratórios,fornecendo uma versão <strong>de</strong> lógica da ciência, <strong>de</strong> falibilismo, e <strong>de</strong>realismo, que acabam por resultar numa nova teoria da realida<strong>de</strong>, com projecção,ainda, na formulação do pragmatismo. 2 A lógica da ciência começapela teoria da inquirição (inquiry) peirceana, passa pela questão da valida<strong>de</strong>1 . É como químico a sua primeira formação em Harvard e, por via <strong>de</strong>la, Peirce muito seorgulha <strong>de</strong> pertencer ao grupo dos “experimentalistas”: “What adds to that confi<strong>de</strong>nce in this,which the writer owes to his conversations with experimentalists, is that he himself may almostbe said to have inhabited a laboratory from the age of six until long past maturity; and havingall his life associated mostly with experimentalists, it has always been with a confi<strong>de</strong>nt sense ofun<strong>de</strong>rstanding them and of being un<strong>de</strong>rstood by them”, in Collected Papers, 5.411. Ou ainda,em carta a Lady Welby: “Fui educado como químico, e assim que tirei o meu bacharelato [A.B<strong>de</strong>gree], <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong> trabalho na Coast Survey, trabalhei primeiro seis meses sob aorientação <strong>de</strong> Agassiz, a fim <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r tudo o que pu<strong>de</strong>sse dos seus métodos, e então fuipara o laboratório. Tinha tido um laboratório meu por muitos anos... <strong>de</strong> forma que ao fim <strong>de</strong>dois ou três anos fui o primeiro aluno <strong>de</strong> Harvard a graduar-se em química summa cum lau<strong>de</strong>”,PEIRCE, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs, Semiotics and Significs — The Correspon<strong>de</strong>nce Between <strong>Charles</strong>San<strong>de</strong>rs Peirce and Victoria Lady Welby, ed. HARDWICK, <strong>Charles</strong> S., Indiana UniversityPress, 1977, Bloomington, Indiana, p. 114.2 . Repare-se, por exemplo, como o tipo <strong>de</strong> funcionamento mental que atribui neste trecho ao“experimentalista” apresenta semelhanças com a primeira formulação da máxima pragmatista,que começa por ser uma translação para o domínio filosófico dos métodos por toda a parteobserváveis nos laboratórios. “But when you have found, or i<strong>de</strong>ally constructed upon a basisof observation, the typical experimentalist, you will find that whatever assertion you may maketo him, he will either un<strong>de</strong>rstand as meaning that if a given prescription for an experiment ever213✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!