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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 361bonum: a razoabilida<strong>de</strong> concreta (concrete reasonableness), um mundo cadavez mais perfeito, racional e razoável, que se perfectibiliza sem cessar.Esta é a chave para a compreensão do chamado “socialismo peirceano”,tantas vezes abordado ao longo da obra <strong>de</strong> forma aforismática, por exemplonos papers sobre cognição. O homem <strong>de</strong>ve abandonar a sua individualida<strong>de</strong>e egoísmo porque há a realizar uma i<strong>de</strong>ia e fim mais alto que o transcen<strong>de</strong>– e é profundamente ilógico aquele que o não faça. Todo o homem tem umpapel a <strong>de</strong>sempenhar no gran<strong>de</strong> movimento evolutivo do cosmos, e esse po<strong>de</strong>não coincidir com os seus fins imediatos – por isso ce<strong>de</strong> a sua individualida<strong>de</strong>em favor <strong>de</strong> uma personalida<strong>de</strong> comunitária que é a comunida<strong>de</strong> dos queinvestigam.“O tipo <strong>de</strong> concepção que o homem <strong>de</strong>ve ter do universo, como pensar oconjunto das coisas, é um problema fundamental na teoria do raciocínio”, 69por isso, em A Neglected Argument for the Reality of God, 70 publicado em1908 no Hibbert Journal, e que não pertence à série <strong>de</strong> cinco ensaios do TheMonist, Peirce conduz “a concepção que se <strong>de</strong>ve ter do universo” até ao últimopasso on<strong>de</strong> esta po<strong>de</strong> ser levada, introduzindo o “argumento humil<strong>de</strong>” a favorda existência <strong>de</strong> Deus.Por argumento, Peirce consi<strong>de</strong>ra qualquer processo <strong>de</strong> pensamento ten<strong>de</strong>ntea produzir uma crença <strong>de</strong>finida. 71 Quanto ao humble argument negligenciado,Peirce expõe-no da seguinte forma: se Deus realmente existir, e forum ser benigno, po<strong>de</strong>mos esperar que exista algum argumento a favor da suarealida<strong>de</strong> que seja óbvio para todos os espíritos. 72Existe uma activida<strong>de</strong> da mente a que Peirce chama Pure Play, 73 umaespécie <strong>de</strong> rêverie, que quando se <strong>de</strong>dica à ligação entre dois ou mais elementostendo como causa a especulação (notemos ser essa a forma da abdução),Peirce chama Musement. Ora o que se passa, o argumento para todos óbviopelo facto <strong>de</strong> Deus ser benigno, é que com o passar do tempo este Play ofMusement florirá no Neglected Argument. Ou seja, o mesmo é dizer que a69 . Collected Papers, 6.397.70 . Collected Papers, 6.452 e ss.71 . Collected Papers, 6.456.72 . Collected Papers, 6.456.73 . “Now Play, we all know, is a lively exercise of one’s powers. Pure Play has no rules,except this very law of liberty. It bloweth where its listeth. It has no purpose, unless recreation”,Collected Papers, 6.458.www.labcom.pt✐✐✐✐

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