13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

✐✐✐✐A Dimensão Comunicacional da Semiótica <strong>de</strong> Peirce 111um processo semiótico <strong>de</strong> interpretação que está relacionado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início,com a verificação indutiva das hipóteses <strong>de</strong> leis.Po<strong>de</strong> a interpretação do mundo ser reduzida a inferências abdutivas pertencentesa juízos perceptuais? Estas inferências são trans-individuais e intersubjectivamenteválidas. Mas também é óbvio que os homens têm <strong>de</strong> chegara acordo sobre o significado dos símbolos que utilizam e isto significa quetem <strong>de</strong> haver um terceiro elemento na constituição do significado dos juízosperceptuais humanos, além dos dados dos sentidos e do processo <strong>de</strong> inferênciatransindividual, que são idênticos para todos os homens. Esse factorocorre porque a experiência humana é sempre mediada por signos, <strong>de</strong> formaque as experiências humanas são mediadas pelas experiências dos seus parceiros<strong>de</strong> comunicação, incluindo as dos antepassados. Como consequência,a experiência está presente à consciência individual, mas também é semprevirtualmente pública.Segundo Apel em 1868 Peirce ainda não retirara todas as conclusões quese seguem do postulado da comunida<strong>de</strong> sobre o qual se baseia a sua teoriasemiótica do conhecimento, e que tomou o lugar da noção kantiana <strong>de</strong> “consciênciaem geral”. Ele tinha negligenciado tanto a noção comunicativa <strong>de</strong>interpretação dos signos, como o modo através do qual a nossa interpretaçãodo mundo é condicionada pela socieda<strong>de</strong> e pela linguagem. Nesta ocasião obtémagora uma síntese mais perfeita, e que ao mesmo tempo afasta a sombra<strong>de</strong> cientismo que pairava sobre a formulação juvenil.Peirce introduziu as proposições cotárias para provar que a abdução é alógica da experiência, isto é, a lógica pela qual novas i<strong>de</strong>ias são introduzidasna argumentação. A função do pragmatismo, para Peirce, é <strong>de</strong>cidir daaceitabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> hipóteses na base <strong>de</strong>sta visão da lógica da abdução. Isto requera resposta à questão do que é a “boa” abdução, o que implica, por seuturno, respon<strong>de</strong>r à questão do que <strong>de</strong>ve ser entendido como hipótese abdutivaverificável.Em 1868, diz Apel, Peirce estava convencido <strong>de</strong> que a verda<strong>de</strong> das hipótesespodia ser aproximada por confirmação indutiva “a longo prazo”, e queestas hipóteses seriam susceptíveis <strong>de</strong> in<strong>de</strong>finidos melhoramentos. Agora, naúltima parte da Lecture VII, dirige novamente a sua atenção para a lógica daindução, apresentando soluções que se baseiam na sua matemática do contínuoe na doutrina das categorias.A solução para o problema da indução é uma posição que concorda com aswww.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!