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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐162 Anabela GradimSeria possível, então, listar exaustivamente todas as funções do entendimento,se fosse exequível elencar os tipos possíveis <strong>de</strong> juízo? Kant crê quesim. Abstraindo do conteúdo dos juízos e aten<strong>de</strong>ndo apenas à forma do entendimento,este po<strong>de</strong> revestir-se <strong>de</strong> quatro modos que compõem a tábua dosjuízos: quantida<strong>de</strong>, qualida<strong>de</strong>, relação e modalida<strong>de</strong>; cada um <strong>de</strong>stes incluindotrês momentos: universais, particulares, singulares; afirmativos, negativos, infinitos;categóricos, hipotéticos, disjuntivos; e problemáticos, assertóricos eapodícticos. 17As categorias são os conceitos puros do entendimento, que se aplicam àsíntese das representações, tornando a experiência possível. É o conceito purodo entendimento, ou categoria, que confere unida<strong>de</strong> às diversas representaçõesnum juízo, referindo-se a priori aos objectos. Assim, Kant extrai <strong>de</strong> cadauma das funções lógicas dos juízos possíveis a categoria correspon<strong>de</strong>nte, organizandoa Tábua das Categorias, que a razão põe a priori e necessariamentenas coisas para que o conhecimento seja possível. 1817 . I<strong>de</strong>m, p. 104. Para exemplificar os tipos <strong>de</strong> juízos elencados por Kant, segue-se <strong>de</strong>perto a excelente exposição <strong>de</strong> Garcia Morente sobre o tema. In MORENTE, Manuel Garcia,Fundamentos <strong>de</strong> Filosofia – Lições Preliminares, 1987, Editora Mestre Jou, São Paulo, p. 141e ss. Assim, da perspectiva da quantida<strong>de</strong> divi<strong>de</strong>m-se os juízos pela quantida<strong>de</strong> do sujeito,obtendo-se assim um juízo individual quando o sujeito for tomado individualmente (Sócratesé alto); obtêm-se juízos particulares quando o sujeito for tomado em parte (alguns homenssão altos); e universais quando o sujeito é empregue na totalida<strong>de</strong> da sua extensão (todos oshomens são mortais).Quanto à qualida<strong>de</strong>, obteremos juízos afirmativos quando o predicado é predicado do sujeito(Sócrates é alto); juízos negativos quando o predicado não é predicado do sujeito (Sócratesnão é alto); e juízos infinitos, quando predicam no sujeito a negação do predicado (os homensnão são invertebrados), ficando aberto à infinita possibilida<strong>de</strong> aquilo que efectivamente são.No modo da relação os juízos são categóricos se afirmam um predicado <strong>de</strong> um sujeito semquaisquer condições (a água ferve a 90 graus); serão hipotéticos quando afirmam o predicadodo sujeito, sob uma qualquer condição (se é cria <strong>de</strong> um mamífero, então alimenta-se <strong>de</strong> leite);os juízos serão disjuntivos quando afirmam, alternativa e exclusivamente, vários predicados (Aé mamífero, ou ovíparo, ou...).Quanto à modalida<strong>de</strong>, são problemáticos os juízos que afirmam o predicado <strong>de</strong> um sujeitocomo sendo possível (Sócrates po<strong>de</strong> ser alto); assertóricos aqueles em que o predicado seafirma do sujeito (Sócrates é baixo); e são apodícticos aqueles em que o predicado se afirmacomo tendo <strong>de</strong> ser necessariamente predicado do sujeito (um triângulo tem três ângulos).18 . “Deste modo, originam-se tantos conceitos puros do entendimento, referidos a priori aobjectos da intuição em geral, quantas as funções lógicas em todos os juízos possíveis que hána tábua anterior [tábua dos juízos]; pois o entendimento esgota-se totalmente nessas funções ea sua capacida<strong>de</strong> me<strong>de</strong>-se totalmente por elas. Chamaremos a estes conceitos categorias, comowww.labcom.pt✐✐✐✐

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