13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 295prio escolheu, vemos formar-se nele a memória. Adquirida esta, começa adispor por ele mesmo da sua imaginação e a dar-lhe novas ocupações. Poiscom o concurso dos signos po<strong>de</strong> recordar-se a seu bel-prazer, <strong>de</strong>spertando asi<strong>de</strong>ias que lhe estão ligadas (...) E assim começa a esboçar-se a superiorida<strong>de</strong>das nossas almas sobre as dos animais”. 85A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> signos perpassa todas as operações da alma, e eles sãorequeridos não somente para a comunicação, mas também para o acto <strong>de</strong> pensar.Pensamos por signos, como o mostra por exemplo a aritmética. Casonão déssemos nomes, atribuindo números, às colecções que estes representam,seria impossível o cálculo; seria mesmo quase impossível atingir i<strong>de</strong>iastão simples como “20”, pois o homem que em vez <strong>de</strong> possuir o signo se contentassecom enunciar a colecção que a ele correspon<strong>de</strong> - um, um, um... –nunca po<strong>de</strong>ria estar certo <strong>de</strong> o ter enunciado as vezes precisas e correctas. 86Assim, para que o homem possa reflectir sobre as suas i<strong>de</strong>ias necessita absolutamenteuni-las a signos, que ligam as diferentes colecções <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias simples,87 e só o uso apropriado <strong>de</strong>stes permite i<strong>de</strong>ias exactas e raciocínios semfalhas. Os signos tornam inteligível a multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sensações e i<strong>de</strong>ias,permitindo ao homem operar com elas. 88Condillac é a figura central da tradição <strong>de</strong> semiótica filosófica do séc.XVIII, e exerceu enorme influência sobre os enciclopedistas franceses e Rousetqu’elles n’ont qu’une imagination dont elles ne sont point maîtresses <strong>de</strong> disposer”, i<strong>de</strong>m, p.34.85 . I<strong>de</strong>m, p. 37.86 . “Il est donc hors <strong>de</strong> doute que, quand un homme ne voudroit calculer que pour lui, il seraitautant obligé d’inventer <strong>de</strong> signes que s’il vouloit communiquer ses calculs. Mais porquoi cequi est vrai en arithmétique ne le seroit-il pas dans les autres sciences ? Pourrions-nous jamaisréfléchir sur la métaphysique et sur la morale, si nous n’avions inventé <strong>de</strong>s signes pour fixernos idées, à mesure que nous avons formé <strong>de</strong> nouvelles collections?” i<strong>de</strong>m, p.77 e 79.87 . “Concluons que pour avoir <strong>de</strong>s idées sur lesquelles nous puissions réfléchir, nous avonsbesoin d’imaginer <strong>de</strong>s signes qui servent <strong>de</strong> liens aux différentes collections d’idées simples;et que nos notions ne sont exactes qu’autant que nous avons inventé avec ordre les signes quiles doivent fixer. Je a dis avec ordre parce que les langues sont proprement <strong>de</strong>s métho<strong>de</strong>sanalytiques et qu’analyser c’est observer avec ordre”, CONDILLAC, Cours d’Étu<strong>de</strong>s – Del’art <strong>de</strong> penser, in Œuvres Philosophiques <strong>de</strong> Condillac, 3 vols., 1947, Presses Universitaires<strong>de</strong> France, Paris, p. 734.88 . “L’esprit est si borné qu’il ne peut pas se retracer une gran<strong>de</strong> quantité d’idées, pour enfaire, tout à la fois le sujet <strong>de</strong> sa réflexion. Cependant il est souvent nécessaire qu’il en considéreplusieurs ensemble. C’est ce qu’il fait avec le secours <strong>de</strong>s signes qui, en les réunissant,les lui font envisager comme si elles n’étoient qu’une seule idée”, i<strong>de</strong>m.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!