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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐226 Anabela Gradimuma única experiência ou operação. 53 A única conclusão segura está pois emdizer que “o homem é incapaz da certeza absoluta”. 54A verda<strong>de</strong> é a correspondência <strong>de</strong> uma proposição com o real, <strong>de</strong> um signocom o seu objecto, no âmbito das proposições com que temos <strong>de</strong> lidar e dasquais ninguém duvida (2x2 = 4), 55 mas é também aquilo que constitui objecto<strong>de</strong> inquirição, 56 e nesse sentido é um limite i<strong>de</strong>al e princípio regulador para oqual o homem ten<strong>de</strong>, mas que não chega nunca a alcançar.Por isso Peirce po<strong>de</strong> dizer que a verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma proposição, que é correspondência,<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> se admitir que ela “não seja exactamente verda<strong>de</strong>ira”,mas capaz <strong>de</strong> in<strong>de</strong>finida perfectibilização, e <strong>de</strong> ten<strong>de</strong>r ilimitadamente paraesse limite regulador que é a verda<strong>de</strong>. 57 Verda<strong>de</strong> é concordância com o limitei<strong>de</strong>al, e sendo o i<strong>de</strong>al inatingível, tal concordância só se obtém com aadmissão da própria falibilida<strong>de</strong>. 58Peirce fornece como exemplo para caracterizar esta formulação <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>pi, π. Assim, é verda<strong>de</strong>ira a proposição que concorda com os dados disponíveisdo real, e se sabe não ser exactamente verda<strong>de</strong>ira, mas cujo erro irácontínua e progressivamente diminuindo à medida que a investigação avance.É o que suce<strong>de</strong> com o valor <strong>de</strong> πg 3.14159 – o erro <strong>de</strong>sse valor diminuiráin<strong>de</strong>finidamente sempre que o cálculo prossegue, mas π é um limite i<strong>de</strong>al quenão po<strong>de</strong> ser atingido (é infinito), ou seja, “é um limite i<strong>de</strong>al para o qual ne-53 . “Then N-1 repetitions of the multiplication do not yeld an absolutely certain result, butone more, if it agree with all the others, will have that result. Consequently, a simple multiplicationwill be sufficient to give us absolute certainty, that the result is the same, unless someother one of N-1 repetitions should give a different result. Thus, disregarding the particularpropositions in question one is driven to maintaining that a single experiment is capable ofgiving us certain knowledge as to the result of any number of experiments”, Collected Papers,7.108.54 . I<strong>de</strong>m.55 . “Truth is the conformity of a representamen to its object, its object, ITS object, mindyou. (. . . ) The true is simply that in cognition which is satisfactory”, Collected Papers, 5.554e 5.555.56 . “... by the True is meant that at which inquiry aims.” Collected Papers, 5.557.57 . “Truth is that concordance of an abstract statement with the i<strong>de</strong>al limit towards whichendless investigation would tend to bring scientific belief, which concordance the abstract statementmay possess by virtue of the confession of its inaccuracy and one si<strong>de</strong>dness, and thisconfession is an essential ingredient of truth”, Collected Papers, 5.565.58 . “A opinião que está <strong>de</strong>stinada a ser objecto <strong>de</strong> acordo final por parte <strong>de</strong> todos quantosinvestigam, é o que quero significar com verda<strong>de</strong>iro, e o objecto representado nessa opinião éo real”, Collected Papers, 5.407.www.labcom.pt✐✐✐✐

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