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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 165objecto <strong>de</strong> conhecimento e se encontram em relação com um sujeito, não emsi mesmas.5.3 A problematicida<strong>de</strong> do conceito <strong>de</strong> categoria. Peircee a tradiçãoApesar <strong>de</strong> Aristóteles e Kant serem as referências históricas que traçaram asbalizas <strong>de</strong>ntro das quais po<strong>de</strong> ser equacionada a questão da elaboração <strong>de</strong>um programa categorial, ainda se não ofereceu aqui uma versão positiva <strong>de</strong>categoria, em gran<strong>de</strong> medida porque esta não é fácil <strong>de</strong> dar.Kant e Aristóteles <strong>de</strong>limitam, à sua maneira, a amplitu<strong>de</strong> do conceito e aforma como este, historicamente, e mesmo na contemporaneida<strong>de</strong>, tem sidoentendido <strong>de</strong> maneiras muito diversas. Se po<strong>de</strong>ríamos fazer correspon<strong>de</strong>r onominalismo medieval, nomeadamente o ockamismo – que vê nas categoriassimples nomes referindo-se a objectos – ao formalismo kantiano, a noção <strong>de</strong>categoria como <strong>de</strong>terminação do ser, à maneira aristotélica, é, acto contínuo,retomada pelo i<strong>de</strong>alismo romântico, nomeadamente por Hegel. Aí as categoriasi<strong>de</strong>ntificam-se com <strong>de</strong>terminações do pensamento, que se i<strong>de</strong>ntificamcom a realida<strong>de</strong> e com os seus momentos dialécticos. É impossível <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong>notar a semelhança – mesmo que não intencional – das categorias peirceanascom o hegelianismo, bem assim como tudo o mais que os separa. 25 Mas essarelação não é linear. É manifesto como Peirce retoma a concepção clássica <strong>de</strong>categoria como <strong>de</strong>terminação do ser nas suas categorias metafísicas, operandosimultaneamente a síntese com o kantianismo ao fazê-las coincidir, em lógicae semiótica, com a significação, e portanto com a forma do pensamento.“As categorias são difíceis <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver e ainda mais difíceis <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir”, 2625 . O que aliás foi feito em vida pelo próprio Peirce, como anotaremos já adiante. Registe-seapenas que este afirma só tardiamente se ter apercebido das semelhanças entre a sua categoriologiae os momentos hegelianos, a qual, justifica, nada tem <strong>de</strong> extraordinário, pois sendo arealida<strong>de</strong> triádica, natural é que essa intuição tenha tocado outros espíritos. Cf. Lectures OnPragmatism.26 . Esta é a forma como Wardy inicia o seu artigo sobre o tema, i<strong>de</strong>ia que ainda reforçaráadiante. “Despite the historic importance of category theory in western philosophy, it isremarkably difficult to grasp what a category is and how a category theory might achieve legitimacy”,WARDY, Robert, “Categories”, Routledge Encyclopedia of Philosophy, ed. EdwardCraig, Routledge, London, 1998, vol. 1, p. 229.www.labcom.pt✐✐✐✐

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