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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐184 Anabela Gradimser”. Em todo o caso, a operação metodológica que consiste em, por abstracção,retirá-los ou <strong>de</strong>stacá-los no fenómeno, fornece um conteúdo concreto aoachamento lógico, e permite garantir que este se coaduna com a experiência.Se não há propriamente uma justificação <strong>de</strong>ssa passagem do lógico ao ontológico,através da análise fenomenológica procura-se pelo menos mostrara sua sintonia com o real. As categorias serão <strong>de</strong>pois “justificadas por indução”(método fenomenológico), e é esse carácter indutivo, ie, extraído daexperiência, que faz com que a sua valida<strong>de</strong> seja meramente “limitada” ou“aproximada”. 3Sujeitam-se, nesta perspectiva, exactamente às mesmas condições quequalquer outra inferência, isto é, o método em si é válido e <strong>de</strong>ve, em geral,conduzir à conclusão certa, mas não é possível, em cada caso concreto, afastaro falibilismo, o que explica o tal carácter aproximativo <strong>de</strong> que pa<strong>de</strong>cem.Categorias são i<strong>de</strong>ias que permitem <strong>de</strong>screver os factos da experiência; 4são universais e aplicam-se a tudo o que há. 5 São como finíssimos “esqueletos<strong>de</strong> pensamento” 6 que po<strong>de</strong>m ser aplicados aos objectos, e <strong>de</strong>ssa perspectiva,enquanto ordinais, quase “meras palavras”. Porém, como a filosofia buscaa essência das coisas, serão também mais que isso – i<strong>de</strong>ias que metafisicamente,realmente existem. 7 De tão gerais, tornam-se intangíveis, e Peircechega a dizê-las tonalida<strong>de</strong>s ou disposições <strong>de</strong> pensamento, 8 e não verda<strong>de</strong>irasconcepções ou noções claramente <strong>de</strong>finidas. Eis então como se ocupa enos apresenta cada uma <strong>de</strong>las.7.2 OnePrimeiro ou Primeirida<strong>de</strong> é caracterizado como “o modo <strong>de</strong> ser daquilo que étal como é, positivamente e sem referência a nenhuma outra coisa”. 9 Tratam-3 . Collected Papers, 1.300.4 . Collected Papers, 1.359.5 . Collected Papers, 5.38.6 . “...thin skeletons of thought”, i<strong>de</strong>m, 1.355.7 . Collected Papers, 1.356.8 . “Tones” ou “moods” ou “tints of thought”, in Collected Papers, 1.353 e 1.355.9 . PEIRCE, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs, Semiotics and Significs — The Correspon<strong>de</strong>nce Between<strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce and Victoria Lady Welby, ed. HARDWICK, <strong>Charles</strong> S., Indiana UniversityPress, 1977, Bloomington, Indiana, p. 24.www.labcom.pt✐✐✐✐

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