13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 285minolgia já estabelecida na escolástica peninsular, é taxonómica. Os tipos equalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> signos segundo João <strong>de</strong> São Tomás são analisados no segundoartigo das Súmulas, no início da Ars Logicae. Signo é <strong>de</strong>finido como aquiloque representa à potência cognoscente alguma coisa diferente <strong>de</strong> si, fórmulaque encerra uma crítica explícita à <strong>de</strong>finição agostiniana <strong>de</strong> signo, a qual aoinvocar uma forma (species) presente aos sentidos, se refere ao signo instrumental,mas não ao formal, que é interior ao cognoscente e portanto nadaacrescenta aos sentidos. É assim que no domínio da significação, aquele on<strong>de</strong>surgem os diversos tipos <strong>de</strong> signos, só se po<strong>de</strong> operar formalmente e instrumentalmente,porque significar é tornar alguma coisa distinta <strong>de</strong> si presente aointelecto, e <strong>de</strong>sta forma o acto <strong>de</strong> significar exclui a representação — porqueaí uma coisa "significa-se"a si própria.É nesta crítica explícita <strong>de</strong> Agostinho que o projecto <strong>de</strong> João se virá aassumir como uma proposta semiológica suficientemente abrangente para serconsi<strong>de</strong>rada mo<strong>de</strong>rna, pois pela primeira vez se intenta fornecer uma explicaçãocompleta dos fenómenos semióticos. Ao consi<strong>de</strong>rar estas duas e tãodistintas espécies <strong>de</strong> signos o trabalho do Doutor Profundo contempla, simultaneamente,a vertente da significação — aquilo pelo qual o signo significaalgo, e a forma como nos permite estruturar a experiência humana —, e a dacomunicação — enquanto veículos que servem a tornar o objectivo e o subjectivointersubjectivo. 67 Ao estabelecer que nem só aquilo que representaoutro <strong>de</strong> forma sensível é signo, consegue-se unir na mesma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> fenómenossemióticos palavras e i<strong>de</strong>ias, vestígios e conceitos, os quais servem,respectivamente, para comunicar e para estruturar uma imagem do mundo.João <strong>de</strong> São Tomás divi<strong>de</strong> e classifica os diversos tipos <strong>de</strong> signos, que sesituam no domínio da significação, adoptando duas perspectivas distintas. Daperspectiva do sujeito cognoscente, enquanto o signo é encarado na sua relaçãoao intelecto que conhece, divi<strong>de</strong>-se o signo em formal e instrumental.O signo formal é constituído pela apercepção, que é interior ao cognoscente,não é consciente e representa algo a partir <strong>de</strong> si. Tem portanto a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>tornar presentes objectos diferentes <strong>de</strong> si sem primeiro ter ele próprio <strong>de</strong> serobjectificado. O signo instrumental é o objecto ou coisa que, exterior ao cog-67 . Recor<strong>de</strong>-se que Todorov consi<strong>de</strong>rava estas duas características a pedra <strong>de</strong> toque <strong>de</strong> umprojecto semiótico que se distinguisse do tratamento dado ao tema pelos antigos.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!