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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐A Dimensão Comunicacional da Semiótica <strong>de</strong> Peirce 57que já possui uma pré-compreensão do sentido “em geral” e po<strong>de</strong> funcionarcomo i<strong>de</strong>ia ou princípio regulador.Como passa Apel do fechamento solipsista ao postulado <strong>de</strong> um metajogo<strong>de</strong> linguagem, uma hermenêutica ou pragmáticatranscen<strong>de</strong>ntal que é papel da filosofia encarnar?2.12 Semiótica, hermenêutica e jogos <strong>de</strong> linguagemO fascínio apeleano pela semiótica pren<strong>de</strong>-se com o facto <strong>de</strong> esta lhe permitirsubstituir as tradicionais relações diádicas, sujeito-objecto, que enformam ateoria do conhecimento e a ciência, por relações triádicas que se <strong>de</strong>senvolvemà imagem do funcionamento do signo quando encarado no âmbito do processo<strong>de</strong> semiose.Embora <strong>de</strong> inspiração peirceana, a questão foi primeiramente colocada nointerior do movimento neopositivista por <strong>Charles</strong> Morris; mas é igualmenteevocada, como veremos, por via muito diversa, pelo último Wittgenstein, quea partir dos anos 30 começa a distanciar-se do movimento que também ajudaraa fundar.A partir da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> signo e do processo relacional <strong>de</strong> semiose dada porMorris, nesse texto incontornável que é Fundamentos da Teoria dos Signos,distinguem-se três dimensões às quais a semiótica po<strong>de</strong> <strong>de</strong>dicar-se: sintaxe,que estuda a relação dos signos entre si; semântica, que se ocupa da relação<strong>de</strong>les com os objectos que <strong>de</strong>notam; e pragmática, atenta à relação entre ossignos e os seus intérpretes. 76Enquanto alguns neopositivistas, li<strong>de</strong>rados na ortodoxia por Carnap, mantinhama convicção <strong>de</strong> que sintaxe e semântica podiam dar conta da linguagemda ciência, e que o estudo da dimensão pragmática pertencia, <strong>de</strong> facto, à76 . “The process in which something functions as a sign may be caled semiosis. This process,in a tradition which goes back to the Greeks, has commonly been regar<strong>de</strong>d as involvingthree (or four) factors: that which acts as a sign, that which the sign refers to, and that effecton some interpreter in virtue of which the thing in question is a sign to that interpreter. Thesethree components in semiosis may be called, respectively, the sign vehicle, the <strong>de</strong>signatum,and the interpretant; the interpreter may be inclu<strong>de</strong>d as a fourth factor”, in MORRIS, <strong>Charles</strong>,“Foundations of the Theory of Signs”, in Foundations of the Unity of Science – Towardan International Encyclopedia of Unified Science, ed. NEURATH et all., vol. I, 1955, TheUniversity of Chicago Press, p. 81.www.labcom.pt✐✐✐✐

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