13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐70 Anabela Gradimsemelhante, afastar-se-á muitas vezes das posições assumidas na escola, nomeadamenteatravés da rejeição liminar <strong>de</strong> todas as formas <strong>de</strong> nominalismo,que consi<strong>de</strong>ra a doença da mo<strong>de</strong>rna filosofia. É <strong>de</strong> notar, também, que a semânticalógica, <strong>de</strong> Carnap, acaba por ce<strong>de</strong>r na questão da verificabilida<strong>de</strong>, e éforçada a reconhecer a importância da dimensão pragmática dos signos, queMorris trouxe ao terreno do empirismo lógico reportando-se explicitamente aPeirce. 8 Também a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> Popper – outro dos nomes que gravita emtorno do movimento, tendo chegado, em meados dos anos 30, a participar emalgumas das suas iniciativas e congressos – <strong>de</strong> que as proposições gerais, aocontrário do que o empirismo fizera crer, não são completamente verificáveis,mas são falsificáveis, po<strong>de</strong> ser reconduzida às intuições <strong>de</strong> Peirce e ao seufalibilismo.A convergência do empirismo com a filosofia analítica acaba por fazer-sequando, na senda do Wittgenstein das Investigações Filosóficas e da sua viragempara a análise da linguagem comum e institucionalmente regulada, ointeresse na semiótica <strong>de</strong> Peirce recebe um novo fôlego na Europa. Acresce aisto que o momento construtivo da semiótica <strong>de</strong> Peirce, inexistente por exemploem Wittgenstein, para quem a função da filosofia se esgota no diagnósticodas proposições da linguagem vazias <strong>de</strong> sentido, “oferece uma forma <strong>de</strong>constituir a ponte entre os temas da construção lógica das linguagens exactas(Carnap), e a lógica da ciência (Carnap, Popper, Hempel et al.), por um lado, eas chamadas escolas linguísticas da Filosofia Analítica (Oxford e Cambridge),por outro” 9 .O pragmatismo peirceano <strong>de</strong>ve ainda ser cuidadosamente distinguido dassuas versões psicologistas, como as apresentadas por James e Dewey, e <strong>de</strong> umcerto “operacionalismo” ou behaviorismo, patentes em seguidores mais tardioscomo Morris ou George Herbert Mead. É que o pragmatismo americanoem vez <strong>de</strong> se reduzir a um operacionalismo, busca, na sua versão peirceana,estabelecer, através <strong>de</strong> uma crítica do significado, o significado da verda<strong>de</strong> emsituações experienciais <strong>de</strong> relevância prática.8 . Cf. MORRIS, <strong>Charles</strong>, “Foundations of the Theory of Signs”, in Foundations of theUnity of Science – Toward an International Encyclopedia of Unified Science, ed. NEURATHet all., vol. I, 1955, The University of Chicago Press, p. 77-138; especialmente o ponto V,intitulado Pragmatics.9 . APEL, Karl-Otto, <strong>Charles</strong> San<strong>de</strong>rs Peirce — from Pragmatism to Pragmaticism, 1995,Humanities Press, New Jersey, p. 8.www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!