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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐202 Anabela Gradimtência. Mas a matéria, por outro lado, não tem qualquer tipo <strong>de</strong> ser, exceptoo ser sujeito <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>s. Essa relação <strong>de</strong> ter realmente qualida<strong>de</strong>s constituia sua existência. Mas se todas as suas qualida<strong>de</strong>s lhe fossem retiradase fosse <strong>de</strong>ixada matéria sem qualida<strong>de</strong>s, não apenas não existiria, mas nãopossuiria nenhuma possibilida<strong>de</strong> positiva <strong>de</strong>finida – tal como a que uma qualida<strong>de</strong><strong>de</strong>sencarnada possui. Não seria nada”. 115 Neste exemplo encontramosos dois tipos <strong>de</strong> secundida<strong>de</strong>: a “das matérias”, que é genuína porque, comoPeirce explicou, ser matéria é ser essencialmente um segundo, já que a matériasó existe quando nela ocorrem relações que são segundos, isto é, quandolhe inerem aci<strong>de</strong>ntes, e fora disso não é nada, tratando-se <strong>de</strong> um facto que éessencialmente um segundo; e a das qualida<strong>de</strong>s, que já é uma secundida<strong>de</strong><strong>de</strong>generada porque ocorre sobre uma coisa que, em si, não é essencialmenteum segundo, mas primeiro. Assim, a secundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma coisa como matériaé genuína porque a matéria só tem ser sendo segunda – é <strong>de</strong>ssa relação queretira entitativida<strong>de</strong> e existência. Pela razão contrária, a secundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> umaqualida<strong>de</strong> ao inerir na matéria, é <strong>de</strong>generada porque a qualida<strong>de</strong> permaneceessencialmente um primeiro, e a sua afecção pela relação é exterior e comoque aci<strong>de</strong>ntal. 116Existem assim segundos cuja primeirida<strong>de</strong>, cujo ser, consiste em seremsegundos – e são on<strong>de</strong> ocorrem os casos genuínos; e existem segundos cujasecundida<strong>de</strong> lhes é aci<strong>de</strong>ntal – são os <strong>de</strong>generados. 117Quanto à Terceirida<strong>de</strong>, possui um modo genuíno e dois <strong>de</strong>generados. Estacategoria po<strong>de</strong> ser qualificada quer pela Primeirida<strong>de</strong>, quer pela Secundida<strong>de</strong>,<strong>de</strong> forma que existe uma 1 ness da 3 ness ; uma 2 ness da 3 ness ; e uma 3 ness da3 ness .Na Terceirida<strong>de</strong> genuina, Primeiro, Segundo e Terceiro são todos da na-115 . Collected Papers, 1.527116 . “This distinction between two kinds of seconds, which is almost involved in the very i<strong>de</strong>aof a second, makes a distinction between two kinds of Secondness; namely, the Secondness ofgenuine seconds, or matters, which I call genuine Secondness, and the Secondness in which oneof the seconds is only a Firstness, which I call <strong>de</strong>generate Secondness; so that this Secondnessreally amounts to nothing but this, that a subject, in its being a second, has a Firstness, orquality”, Collected Papers, 1.528117 . “Genuine secondness was found to be reaction, where First and Second are both trueseconds and the Secondness is something distinct from them, while in <strong>de</strong>generate Secondness,or mere reference, the First is a mere First never attaining full Secondness”, Collected Papers,1.535.www.labcom.pt✐✐✐✐

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