13.07.2015 Views

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 253testado, “não concebemos que tenha começado a ser duro quando se tentouriscá-lo com a outra pedra; pelo contrário, dizemos que é realmente duro otempo todo, e tem sido duro <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que começou a ser um diamante”. 65Desta forma, embora o diamante sempre tenha sido duro, o homem só tema percepção <strong>de</strong>ssa dureza após o teste, o que já é muito diferente <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rara questão sem importância ou significado. E este é o verda<strong>de</strong>iro sentido da formulaçãocondicional da máxima pragmatista: o significado <strong>de</strong> um conceito éque, sob <strong>de</strong>terminadas circunstâncias, algo suce<strong>de</strong>rá, “mas não o concebemoscomo começando a existir quando estas circunstâncias surgem; pelo contrário,existirá embora as circunstâncias nunca venham a ocorrer”. 66 O mundoé o que é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do que se pense <strong>de</strong>le, e a terceirida<strong>de</strong>, generals,ou universais, perfeitamente reais, mesmo que as circunstâncias da suaocorrência como lei não cheguem a concretizar-se. 67Em meados <strong>de</strong> 1905 o exemplo do diamante é <strong>de</strong>finitivamente revisto,quando Peirce reconheceu que “fui <strong>de</strong>masiado longe na direcção do nominalismo,quando disse ser mera questão <strong>de</strong> conveniência <strong>de</strong> discurso se dizemosque um diamante é duro ou mole quando pressionado”. Realismo escolásticoextremo implica, pelo contrário, que se diga que a experiência mostrará que odiamante é duro: é um facto real que resistiria à pressão se pressionado, e queé duro mesmo que não venha a ser testado. Por isso o pragmatismo não consistenas consequências práticas e na conduta como interpretante final <strong>de</strong> umsigno, consiste na conduta que pensamos se po<strong>de</strong>ria seguir a certas ocasiões65 . Collected Papers, 7.340.66 . Collected Papers, 7.341.67 . Daí que Peirce chegue a afirmar que o pragmatismo “envolve uma ruptura completa como nominalismo” (8.208).www.labcom.pt✐✐✐✐

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!