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Comunicação e Ética: O sistema semiótico de Charles ... - Ubi Thesis

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✐✐✐✐Arquitectónica e Metafísica Evolucionária 255<strong>de</strong>terminando à medida que o teste prossegue; 69 ou que são algo que não sepo<strong>de</strong> conhecer e <strong>de</strong> que não se po<strong>de</strong> falar, até serem atingidas pelas formas apriori da experiência humana – o que é rigorosamente a posição kantiana.Em suma, faz as características do real <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rem do que é pensado outestado acerca <strong>de</strong>las; ao passo que na visão realista do real este é aquilo que éin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do que cada homem individual possa pensar acerca <strong>de</strong>le,e não se <strong>de</strong>ixando afectar ou modificar por tal pensamento.Não admira, pois, que com nascimento tão conturbado e marcado pelaambivalência, a recepção do pragmatismo estivesse <strong>de</strong>stinada a pulverizarseem abundantes interpretações, 70 nem, tão pouco, que a versão <strong>de</strong> James<strong>de</strong>sse mesmo pragmatismo convidasse ao behaviorismo. E é precisamentequando se <strong>de</strong>marca da versão jamesiana do pragmatismo que Peirce corrige ereformula este passo <strong>de</strong> juventu<strong>de</strong>.James, comentando em finais <strong>de</strong> 1906 a máxima pragmatista <strong>de</strong> How toMake our I<strong>de</strong>as Clear, concebe o pragmatismo da seguinte forma: “Assim,para atingir a clareza perfeita dos nossos pensamentos sobre um objecto, apenasprecisamos <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar que efeitos concebíveis <strong>de</strong> carácter prático po<strong>de</strong>o objecto envolver – que sensações po<strong>de</strong>mos esperar <strong>de</strong>le, e para que reacçõesnos <strong>de</strong>vemos preparar. Seja imediata ou remota, a nossa concepção <strong>de</strong>stes objectosrepresenta assim a totalida<strong>de</strong> da nossa concepção do objecto, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quetal concepção tenha algum significado positivo. É este o princípio <strong>de</strong> Peirce, oprincípio do pragmatismo. (...) Isto é, perspectivas rivais representam na práticaa mesma coisa, e para nós não existe outro sentido que não o prático”. 71A própria filiação filosófica que James, no mesmo artigo, lhe atribui, é rigorosamenteo oposto da reclamada por Peirce, e não <strong>de</strong>ixaria, certamente, <strong>de</strong>o horrorizar: “O pragmatismo <strong>de</strong>sbloqueia todas as nossas teorias, flexibilizaase põe-nas em acção. Não sendo essencialmente novo, harmoniza-se commuitas tendências filosóficas antigas. Concorda com o nominalismo, por69 . “We may, in the present case, modify our question, and ask what prevents us from sayingthat all hard bodies remain perfectly soft until they are touched, when their hardness increaseswith the pressure until they are scratched”, Collected papers, 5.403.70 . Em 1908, escassos 10 anos passados sobre o surgimento do termo, que não da doutrina,o Prof. Lovejoy categorizava já 13 varieda<strong>de</strong>s distintas <strong>de</strong> pragmatismo, entre as quais secontavam o peirceano. Cf. “Thirteen Pragmatisms”, in LOVEJOY, Arthur, 1963, The thirteenpragmatisms and other essays, The Johns Hopkins Press, Baltimore, USA.71 . JAMES, William, O Pragmatismo, col. Estudos Gerais, Clássicos <strong>de</strong> Filosofia, ImprensaNacional Casa da Moeda, 1997, Lisboa, pp. 44-45.www.labcom.pt✐✐✐✐

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